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segunda-feira, 7 de abril de 2014


Ou a filosofia ou o método


          Remetendo à Grécia antiga, Demócrito e Leucipo, talvez em uma caminhada pela praia, especulavam sobre o que tudo seria feito, tiveram um momento de epifania e propuseram que todas as coisas seriam como a faixa de areia na costa do mar: vista de longe, numa macroesfera, seria um todo; porém vista bem de perto, em uma microesfera, se revelaria composta por pequenos “grãozinhos”, os quais chamaram átomos.

Porém, nessa história poetizada há um problema, os filósofos, como sempre, propuseram, mas não provaram. De tal questão chave partem as críticas e os estudos de Francis Bacon, que apresentava no século XVII um novo método, o empirismo. Contudo para que este pudesse ser realizado, as pessoas teriam que abandonar seus ídolos.

Esses ídolos seriam entendidos como as falsas percepções de mundo e foram caracterizadas pelo inglês em quatro tipos: os da tribo, que se referem às interferências da mente humana, como as paixões; os da caverna, que viriam de nossa formação primeira (familiar/religiosa); os da feira, entendidos como aqueles provenientes de relações sociais; e por fim, os do teatro, vinculados aos sistemas filosóficos e místicos.

Numa consideração final, Bacon preconizava o completo abandono com tudo o que norteava os pensamentos e concepções das pessoas, a fim de que pudessem entregar-se puramente à experiência sensorial, isto é, ao novo método empírico. De forma que a ciência não fosse só filosofia e especulação, como a de Leucipo e Demócrito, mas fosse como a que conhecemos hoje, capaz de descobrir e provar o que “não se produziu, nem pelas vicissitudes naturais, [...], nem pelo próprio acaso”.

Letícia Raquel de Lava Granjeia – 1º Ano Direito Noturno

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