Ou
a filosofia ou o método
Remetendo à Grécia antiga,
Demócrito e Leucipo, talvez em uma caminhada pela praia, especulavam sobre o
que tudo seria feito, tiveram um momento de epifania e propuseram que todas as
coisas seriam como a faixa de areia na costa do mar: vista de longe, numa macroesfera,
seria um todo; porém vista bem de perto, em uma microesfera, se revelaria composta
por pequenos “grãozinhos”, os quais chamaram átomos.
Porém, nessa história
poetizada há um problema, os filósofos, como sempre, propuseram, mas não provaram.
De tal questão chave partem as críticas e os estudos de Francis Bacon, que
apresentava no século XVII um novo método, o empirismo. Contudo para que este
pudesse ser realizado, as pessoas teriam que abandonar seus ídolos.
Esses ídolos seriam
entendidos como as falsas percepções de mundo e foram caracterizadas pelo
inglês em quatro tipos: os da tribo, que se referem às interferências da mente
humana, como as paixões; os da caverna, que viriam de nossa formação primeira (familiar/religiosa);
os da feira, entendidos como aqueles provenientes de relações sociais; e por
fim, os do teatro, vinculados aos sistemas filosóficos e místicos.
Numa consideração final,
Bacon preconizava o completo abandono com tudo o que norteava os pensamentos e
concepções das pessoas, a fim de que pudessem entregar-se puramente à experiência
sensorial, isto é, ao novo método empírico. De forma que a ciência não fosse só
filosofia e especulação, como a de Leucipo e Demócrito, mas fosse como a que conhecemos
hoje, capaz de descobrir e provar o que “não se produziu, nem pelas
vicissitudes naturais, [...], nem pelo próprio acaso”.
Letícia Raquel de Lava Granjeia – 1º Ano
Direito Noturno
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