Durante séculos, a Antiguidade e seus
pensadores foram lembrados com louvor tendo muitas das teorias que se seguiram
enraizadas na época Clássica. Bacon, um dos grandes críticos a essas teorias,
apontava, como grande deficiência dessas idéias, a passividade perante a
resolução das questões do mundo. Dessa forma, propõe uma ciência baseada na
interpretação da natureza, por meio da experimentação sem limites e, assim,
chegar à verdade que tanto se busca.
Bacon, inclusive, ao questionar essa
filosofia tradicional e reafirmar a importância do empirismo, consegue
desatrelar a ciência jurídica das concepções religiosas, dando a ela uma base
laica e, portanto, muito semelhante ao que vemos nos dias de hoje. Ao decorrer
de seu discurso, então, tenta provar a necessidade de vincular a ciência ao
mundo do concreto e alerta para certos obstáculos a uma correta percepção de
mundo, como nossas emoções e paixões, reiterando a base racional de seu
discurso.
Nessa
linha de raciocínio, então, critica as artes dos matemáticos, dos médicos e dos
alquimistas, que costumam se intrometer nas idéias da natureza, porém não o
fazem com o devido sucesso. Além disso, embasa suas teorias no argumento de que
tudo que havia de científico a sua época, nada mais era do que uma combinação de
tudo que foi descoberto, não havendo, portanto, novidades.
Bacon discorre incansavelmente a
importância da ciência efetiva e nos remete aos dias atuais com suas idéias,
fazendo-nos lembrar que a ciência jurídica também necessita de proposições que
não fiquem apenas no papel, levando seu exercício pleno às sociedades que não
conseguem contemplar a justiça plena.
Danielle
Juvela-1°ano noturno
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