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segunda-feira, 7 de abril de 2014

A efetividade das idéias


             Durante séculos, a Antiguidade e seus pensadores foram lembrados com louvor tendo muitas das teorias que se seguiram enraizadas na época Clássica. Bacon, um dos grandes críticos a essas teorias, apontava, como grande deficiência dessas idéias, a passividade perante a resolução das questões do mundo. Dessa forma, propõe uma ciência baseada na interpretação da natureza, por meio da experimentação sem limites e, assim, chegar à verdade que tanto se busca.
            Bacon, inclusive, ao questionar essa filosofia tradicional e reafirmar a importância do empirismo, consegue desatrelar a ciência jurídica das concepções religiosas, dando a ela uma base laica e, portanto, muito semelhante ao que vemos nos dias de hoje. Ao decorrer de seu discurso, então, tenta provar a necessidade de vincular a ciência ao mundo do concreto e alerta para certos obstáculos a uma correta percepção de mundo, como nossas emoções e paixões, reiterando a base racional de seu discurso.
Nessa linha de raciocínio, então, critica as artes dos matemáticos, dos médicos e dos alquimistas, que costumam se intrometer nas idéias da natureza, porém não o fazem com o devido sucesso. Além disso, embasa suas teorias no argumento de que tudo que havia de científico a sua época, nada mais era do que uma combinação de tudo que foi descoberto, não havendo, portanto, novidades.
            Bacon discorre incansavelmente a importância da ciência efetiva e nos remete aos dias atuais com suas idéias, fazendo-nos lembrar que a ciência jurídica também necessita de proposições que não fiquem apenas no papel, levando seu exercício pleno às sociedades que não conseguem contemplar a justiça plena.


Danielle Juvela-1°ano noturno

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