Filósofo e político inglês do final
do século XVI e começo do século XVII, Francis Bacon presenciou mudanças ideário-políticas
na sociedade em que estava inserido, como bem, o surgimento de uma nova classe
social, a burguesia. Dessa maneira, a maior dinâmica do quadro social em
questão serviu como plano de fundo para um novo pensamento acerca da ciência.
Assim como Descartes, Bacon
critica a filosofia tradicional aristotélica, pois essa não atua de modo a preservar
o bem-estar do homem, ou seja, não apresenta utilidade prática para a vida desse.
Atrelado à isso, a concepção baconiana de ciência afirma só ser possível uma
interpretação válida da natureza se tal for fruto de exploração e processos
experimentais.
Sua máxima “saber é poder” pode
ser analisada sobre diversas teorias. Uma delas está relacionada à posição que
a Inglaterra ocupava à época vivida pelo autor. Por deter maior poderio bélico
e formas de produção de tecido mais avançadas, a conquista inglesa sobre países
como a Índia se baseou em ideias que sobrepujavam uma cultura à outra. Em
contrapartida, a relação entre saber e poder também pode ser observada
levando-se em consideração os estudos e comprovações teóricas como formas de dominação
de determinado assunto por um estudioso.
Tal perspectiva empírica acerca
dos fatos está presente também na ciência moderna do direito, que por sua vez se
vale da prova para se chegar a uma conclusão. Nesse sentido, tanto para Bacon
como para a ciência jurídica, teoria e prática devem estar atreladas para que
se conheça a verdadeira realidade.
Marilana Lopes dos Santos - 1º Ano Direito Diurno
Marilana Lopes dos Santos - 1º Ano Direito Diurno
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