Na sociedade capitalista, a população é cercada pelo sentimento de confusão com tantas informações, além do grande desejo de uma habilidade para compreender todos esses dados que ocorrem no mundo e dentro de suas próprias mentes.
Dessa forma, com tantas inquietações e a falta de percepção das transformações que aconteceram ao redor, o homem não tem o que para o sociólogo Wright C. Mills seria o conceito de imaginação sociológica, que oferece para seu portador um capacidade de percepção da realidade com um recorte histórico e relacionando o individual e coletivo tendo em vista que, a sociedade é reflexo de seus indivíduos.
Contudo, não são todos que tem a acesso a um ensino que os incentive a ter um pensamento crítico para que possam sair da bolha e ter uma percepção mais clara da ligação do homem com o todo. O conteúdo de fácil acesso é raso e em sua maioria "mastigado" e por não ter o devido apoio e conhecimento para interpretar, o ser humano deixa de lado formas mais subjetivas de receber aprendizado, como a literatura, cinema e a pintura.
Ademais, com a extrema industrialização e a necessidade por agilidade que é imposta pelo sistema capitalista problemas já existentes são intensificados. Em sua obra "O discurso do método", Descartes destaca seu desejo de buscar a perfeição, ser semelhante à Deus, e ao mesmo tempo, questiona a sua existência. Portanto, tendo em vista que esses pensamentos foram perpetuados devido a importância da moral cristã na sociedade, ao serem somados a desigualdades presentes no capitalismo resultam no momento atual que é considerado por muitos a era da ansiedade.
As dúvidas e o pânico em relação ao presente e ao futuro que cerca o cidadãos nesse modelo, transforma-se em um problema público no país a partir do momento que o Brasil tem a população mais ansiosa do mundo e altíssimas taxas de desemprego. A crise no país e as mazelas sociais consequentemente inundam a vida privada de cada um, gerando ainda mais transtornos já que esses problemas não estão ao alcance de apenas um civil resolver.
Logo, no recorte histórico que se encontra, é exigido que o homem seja ágil e perfeito tal qual uma máquina, podando assim, a pluralidade de pensamentos e opiniões da massa, resultando em uma nação padronizada e que impossibilita que eles pensem de forma crítica e existam ao mesmo tempo.
Maria Eduarda Trolezi 1º ano direito noturno
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