Ao longo da história, momentos de caos social foram berço
de diversos pensamentos preconceituosos, assim como o nazifascismo no período entreguerras.
Não diferente disso, após a revolução industrial, momento em que a sociedade se
fragilizou devido às relações de exploração entre burguesia e operário, surgiu
o pensamento Positivista de Augusto Comte.
Para muitos, principalmente no Brasil, esse pensamento é bem-visto
devido a sua contribuição com a Proclamação da República e do fim da
escravidão. Porém, essa é uma visa distorcida da verdade, já que as premissas
de “ordem e progresso” estão carregadas de preconceito. Explorando a questão do
“progresso”, percebe-se a facilidade de apoiar ideais discriminatórios e
predatórias nesse lema. Como exemplo de práticas “validadas” pelo pensamento
Comteano temos o “Darwinismo Social” e, além disso, práticas de exploração da
natureza podem ser baseadas no lema que inspirou a bandeira brasileira.
O tema sobre discriminação social envolvida no positivismo já
é algo que, mesmo que longe do conhecimento da maioria, é majoritariamente tema
dos debates sobre as mazelas da corrente comteana e por consequência “clichê”.
Logo, outro ponto negativo e pouco explorado é a questão do desmatamento. Como
o progresso tecnológico e material é objeto de valor nesse pensamento, a
natureza é colocada de lado em relação ao desenvolvimento econômico, como
exemplo a devastação de áreas verdes para a instalação de fabricas ou terras
agricultáveis. Além do mais, a exploração predatória da fauna e flora é bem
vista no âmbito positivista, para, por exemplo, desenvolver novos remédios ou cosméticos,
algo intriseco a ciência.
Theo Della Negra Gaya - 1 ano direito
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