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segunda-feira, 18 de março de 2024

 

Ao longo da história, momentos de caos social foram berço de diversos pensamentos preconceituosos, assim como o nazifascismo no período entreguerras. Não diferente disso, após a revolução industrial, momento em que a sociedade se fragilizou devido às relações de exploração entre burguesia e operário, surgiu o pensamento Positivista de Augusto Comte.

Para muitos, principalmente no Brasil, esse pensamento é bem-visto devido a sua contribuição com a Proclamação da República e do fim da escravidão. Porém, essa é uma visa distorcida da verdade, já que as premissas de “ordem e progresso” estão carregadas de preconceito. Explorando a questão do “progresso”, percebe-se a facilidade de apoiar ideais discriminatórios e predatórias nesse lema. Como exemplo de práticas “validadas” pelo pensamento Comteano temos o “Darwinismo Social” e, além disso, práticas de exploração da natureza podem ser baseadas no lema que inspirou a bandeira brasileira.

O tema sobre discriminação social envolvida no positivismo já é algo que, mesmo que longe do conhecimento da maioria, é majoritariamente tema dos debates sobre as mazelas da corrente comteana e por consequência “clichê”. Logo, outro ponto negativo e pouco explorado é a questão do desmatamento. Como o progresso tecnológico e material é objeto de valor nesse pensamento, a natureza é colocada de lado em relação ao desenvolvimento econômico, como exemplo a devastação de áreas verdes para a instalação de fabricas ou terras agricultáveis. Além do mais, a exploração predatória da fauna e flora é bem vista no âmbito positivista, para, por exemplo, desenvolver novos remédios ou cosméticos, algo intriseco a ciência.

Theo Della Negra Gaya - 1 ano direito

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