Entre todas as frases
ditas por Wright Mills a que mais me chamou a atenção é a seguinte “tudo aquilo
de que os homens comuns têm consciência direta e tudo o que tentam fazer está
limitada pelas órbitas privadas em que vivem.”. Diante dessa frase é possível
tirar conclusões sobre as razões que motivam as ações humanas. A sociologia em
sintase busca demostrar como o ser humano tem suas atitudes influenciadas, se
não ditadas, pela esfera social em que vivem.
Perante tal fato, fica
simples entender o conceito de racismo estrutural, isto é, o preconceito
naturalizado em uma sociedade. Nesse caso ações não são vistas como racismo
pelas pessoas que o praticam em razão da conduta ser internalizada pelo grupo
social. Basicamente, as pessoas têm suas atitudes governadas por um pensamento
hegemônico da sociedade que deduz que um raça que qualidades superior a outra.
Como exemplo de uma conduta motivada pela
naturalização social do preconceito, temos o caso de racismo ocorrido neste
domingo na partida entre juventude e internacional pela semifinal do gauchão.
No caso em questão “torcedores’ do juventude tiveram ações racistas para
provocar a torcida do internacional. Esse é só um dos inúmeros casos de racismo
no futebol, porém, se fosse feita uma pesquisa certamente a maior parte da
sociedade gaúcha não estaria preocupada com a situação, afinal, “isso é normal
no futebol” e “e assim mesmo’.
Isso demostra que por
mais que muitas pessoas digam o contrário, suas opiniões, crenças e ações são,
no mínimo, influenciadas pela sua “órbita privada” de consciência, isto é, o
meio em que a pessoa está inserida, seu grupo social.
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