Aquilo que eu vejo na TV,
Ação,
emoção, tudo de bom,
É
aquilo que quero ser.
Eu
tento, juro que tento,
Mas
nunca vai dar certo.
Só
há uma coisa que sei fazer,
De
que é útil não sei bem,
Mas
garanto,
É
isso o que define o meu ser.
O
que cabe a mim é obedecer.
Apertar
parafuso,
Coisa
que qualquer um sabe fazer.
Nunca
tive nada,
Nunca
tive estudo.
Mas
garanto,
Essa ciência de fazer o que não entendo,
É
isso o que define o meu ser.
Mas
até aí, normal, tudo bem,
É
assim que funciona,
Um
tem que se sacrificar para o outro rir,
Não
é?
É
o que eu escuto,
É
o que eu entendo,
É
o que eu me acostumo,
É
o que eu aceito.
Enquanto
aqueles se preocupam com viagens,
Eu
só me preocupo com o que devo guardar.
Sabe
Deus quando vou precisar.
Em
tempo maluco assim,
Severino
nenhum pode sonhar.
Orlando,
Noronha,
Qual
o novo destino do chefe?
Seja
qual for,
Preciso
me mexer para ajudá-lo a voar
Se
assim o faço feliz, ótimo.
Se
ele é, eu também sou,
Afinal,
eu sou aquilo que eu faço.
Tic,
Tac.
Intervalo
acabou, melhor eu voltar,
O
serviço não pode parar.
Alguma
coisa preciso ganhar,
Quem
sabe assim até compro um celular,
Publico
uma foto,
Boto
filtro pra disfarçar.
Aqui
sou uma ferramenta, na rede sou o Júlio.
Ao
menos com isso Severino pode sonhar.
João Victor Rodrigues Ribeiro
1ºano
Noturno
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