Anseio pela tua visita
Aguardo-te quando puderes
Dedico-te a minha escrita
Em cento e oitenta caracteres
Amo-te à moda irrestrita
Quero-te quando me queres
Liberalizamos não só a economia:
Amo-te à moda célere
Guardo-te toda e qualquer quantia
Para que, em junho, nosso amor prospere
Ao estamparmos a capa da revista
E ao liquidarmos um orgulho premiere
Em Higienópolis, na Santa Cecília
Alimentemos a opressão que antecede
A honra capitalizada, a colorida ufania
Mas não aquele por quem a C&A não intercede
A nós nos basta o arco-íris na Avenida Paulista
E a emancipação de custear um orgulho violinista
E o motivo todo mundo já conhece:
É que o de cima sobe, e o de baixo desce.
— Luiz Gustavo Couto de Oliveira.
XXXVII Noturno
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