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segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Orgulho Violinista

Anseio pela tua visita 

Aguardo-te quando puderes 

Dedico-te a minha escrita 

Em cento e oitenta caracteres 

 

Amo-te à moda irrestrita 

Quero-te quando me queres 

Liberalizamos não só a economia: 

Amo-te à moda célere 

 

Guardo-te toda e qualquer quantia 

Para que, em junho, nosso amor prospere 

Ao estamparmos a capa da revista 

E ao liquidarmos um orgulho premiere 

 

Em Higienópolis, na Santa Cecília 

Alimentemos a opressão que antecede 

A honra capitalizada, a colorida ufania 

Mas não aquele por quem a C&A não intercede 

 

A nós nos basta o arco-íris na Avenida Paulista 

E a emancipação de custear um orgulho violinista 

E o motivo todo mundo já conhece:

É que o de cima sobe, e o de baixo desce.  


— Luiz Gustavo Couto de Oliveira. 

XXXVII Noturno

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