Na prática, esse processo de descaracterização do indivíduo a partir das relações laborais, se trata de uma construção histórica do capitalismo, pois ao ver como o homem como máquina, a partir dos olhar burguês, o qual se torna a perspectiva padrão da sociedade, torna se desnecessário a criação de leis e direitos para essa classe, deixando esse grupo a mercê da -cada vez mais livre- negociação entre os exploradores e os explorados.
Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
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segunda-feira, 24 de agosto de 2020
A descaracterização do trabalhador.
As relações laborais no sistema capitalista foram estruturadas de uma forma em que o trabalhador não é se não o seu trabalho. A partir de uma lógica alienatória, a classe trabalhadora somente é percebida enquanto produz, de forma que as relações nos ambientes de trabalho é mecanizada e desumanizada, sendo marcada por uma total indiferença entre os colaboradores em uma empresa. Assim como apontou Chico Buarque em sua obra "Construção", onde é apresentada a rotina de um trabalhador e que em um certo dia morre, e a única preocupação após essa morte era seu corpo estar atrapalhando o trânsito, da mesma forma do recente ocorrido em um supermercado Carrefour, onde um trabalhador faleceu enquanto trabalhava e a única atitude tomada pela empresa foi esconder seu corpo com guarda-chuvas para não incomodar os clientes e os outros funcionários.
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