Weber nos
atenta para uma dinâmica. Uma dinâmica bem atual. A dinâmica da História e das
pessoas... Da História, das pessoas e do Direito.
Por muito
tempo ficamos adaptados aos “bons costumes”, àquilo que nos foi ensinado como
certo e coeso na sociedade. Por muitos séculos, foi ensinado que a etnia afro
não era igual à etnia branca, e tão pouca merecedora de direitos. Foi ensinado,
durante muitos séculos, que as mulheres eram inferiores aos homens, que elas
não deveriam trabalhar, que deveriam submeter-se às vontades masculinas.
Muito se
passa de geração a geração, só que a história da humanidade é dinâmica,
suficiente dinâmica para desestruturar essas correntes e dogmas de pensamento.
Weber acredita na vontade dos grupos, de suas manifestações e organizações para
atingirem seus objetivos. Como exemplo... Mulheres ainda sofrem com o
preconceito e o machismo, porém elas se organizaram, durante muito tempo, para
atingir a independência de gênero, conseguiram o direito de votar, conseguiram
espaço no mercado de trabalho – apesar de haver diferenças entre salários
masculinos e femininos... Um absurdo, algo que ainda será conquistado - , em
alguns países as mulheres não são criminalizadas pelo aborto, dentre outras
conquistas. O Direito acompanha esse desenvolvimento, ele está lá para
legitimar e positivar os direitos conquistados, para dar força legal às lutas e
reivindicações. Hoje, no Direito Brasileiro, a igualdade de gênero está
positivada.
As
concepções mudam com o tempo, decorrentes da mudança histórica e da organização
dos grupos reivindicadores. Eles são capazes de mudar e acrescentar normas a uma
legislação, devido ao poder político e social que exercem. O Direito, apesar de
objeto de muitas críticas, não é estático, é dinâmico, acompanha o “cabo de
guerra” da sociedade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário