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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Dinâmica e força


Weber nos atenta para uma dinâmica. Uma dinâmica bem atual. A dinâmica da História e das pessoas... Da História, das pessoas e do Direito.

Por muito tempo ficamos adaptados aos “bons costumes”, àquilo que nos foi ensinado como certo e coeso na sociedade. Por muitos séculos, foi ensinado que a etnia afro não era igual à etnia branca, e tão pouca merecedora de direitos. Foi ensinado, durante muitos séculos, que as mulheres eram inferiores aos homens, que elas não deveriam trabalhar, que deveriam submeter-se às vontades masculinas.

Muito se passa de geração a geração, só que a história da humanidade é dinâmica, suficiente dinâmica para desestruturar essas correntes e dogmas de pensamento. Weber acredita na vontade dos grupos, de suas manifestações e organizações para atingirem seus objetivos. Como exemplo... Mulheres ainda sofrem com o preconceito e o machismo, porém elas se organizaram, durante muito tempo, para atingir a independência de gênero, conseguiram o direito de votar, conseguiram espaço no mercado de trabalho – apesar de haver diferenças entre salários masculinos e femininos... Um absurdo, algo que ainda será conquistado - , em alguns países as mulheres não são criminalizadas pelo aborto, dentre outras conquistas. O Direito acompanha esse desenvolvimento, ele está lá para legitimar e positivar os direitos conquistados, para dar força legal às lutas e reivindicações. Hoje, no Direito Brasileiro, a igualdade de gênero está positivada.

As concepções mudam com o tempo, decorrentes da mudança histórica e da organização dos grupos reivindicadores. Eles são capazes de mudar e acrescentar normas a uma legislação, devido ao poder político e social que exercem. O Direito, apesar de objeto de muitas críticas, não é estático, é dinâmico, acompanha o “cabo de guerra” da sociedade.

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