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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Mão de ferro



O embate central abordado por Weber em sua obra, a diferenciação entre o direito baseado na essência da palavra justiça com o direito "artificial", produzido através da razão, exalta que a cada período de tempo a sociedade se molda às suas necessidades. É evidente uma evolução a favor das minorias prejudicadas, mas também deve ser destacado o instinto predatório do ser humano, que necessitou de um grande período de tempo para ceder benefícios essenciais para a sobrevivência.
Atualmente as forças de pressão exercem grande importância, é através delas que os movimentos populares são transmitidos ao direito, o que antigamente era motivo de opressão(apesar de hoje em dia ainda ocorrer), agora é um dos fundamentos de uma democracia que está estritamente ligada ao direito.
A transição do direito natural formal para o direito natural material pode ser acompanhado na constante luta entre classes que ocorrem ao longo da história, o que antigamente era sonho das classes baixas, torna-se uma realidade estranha, sendo que essas concessões foram tomadas através de certo cálculo racional: vendo que as constantes manifestações não iriam parar, a classe dominadora prefere perder um dedo do que toda a mão, cede um pouco para continuar dominando.
Na contramão destes avanços, temos o abandono das relações humanas. Preceitos como LEALDADE, CONFIANÇA, foram totalmente abandonados, a racionalidade ocupou o lugar destes fundamentos, a segurança jurídica trouxe inúmeros benefícios, mas a robotização do homem é clara. Não existe mais a palavra de alguém, tudo se baseia no que é resultado de provasComo lição destes preceitos de Weber ligados à atualidade, deve reiterar a seguinte lição: a força popular é muito importante em uma sociedade democrática e suas reivindicações devem ser claras e com um fundo racional, não se contentar com as migalhas cedidas pelos dominadores, muitos dedos podem ser cortados para a manutenção da mão de ferro.


João Pedro Leite- 1 ano Direito noturno

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