Solidariedade Mecânica ou por Similitudes, capítulo integrante do livro "Da Divisão do Trabalho Social" de Émilie Durkheim, aborda a divisão social do trabalho baseada na solidariedade mecânica em sociedades primitivas, ou seja aquelas nas quais a semelhança entre os indivíduos é marca característica. Além disso o autor também elabora a tese de que o ordenamento jurídico é regido pelo Direito Penal ou repressivo, define crime por: "O vínculo de solidariedade social a que corresponde o direito repressivo é aquele cuja ruptura constitui o crime. Chamamos por esse nome todo ato que, num grau qualquer, determina contra seu autor essa reação característica a que chamamos pena. Procurar qual é esse vínculo é, portanto, perguntar-se qual a causa da pena, ou, mais claramente, em que consiste essencialmente o crime''.
Durkheim defende que as ações humanas são influenciadas, especialmente, pelas paixões privadas, que por sua vez são frutos das paixões do organismo social. Desta forma um ato não é criminoso e por isso ofende a consciência comum, e sim ofende a consciência comum e por isso é criminoso.
Em suma argumenta em favor da idéia de que quanto maior for a consciência coletiva mais os indivíduos se parecerão, e aproximarão pelos pontos que possuírem em comum. A coesão e a solidariedade seriam resultado das semelhanças.
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