Émile Durkheim, em sua obra "A Divisão do Trabalho Social", trata das sociedades pré-modernas e pós-modernas.
As pré-modernas, as mais antigas, eram dotadas de solidariedade mecânica. Isso porque as penas não procuravam apenas excluir o criminoso e não cura-lo para recoloca-lo na sociedade. Além disso elas seriam dotadas de passionalidade, pois as penas não seriam caracterizadas por racionalidade, já que eram movidadas pelo sentimento de vingança e chegavam a atingir até a família do criminoso. Prova maior disso é a lei de Talião.
Já as sociedades pós-modernas, mais recentes seriam dotadas de solidariedade orgânica, pois a sociedade agora se preocupa em curar o criminoso para o seu regresso à sociedade. Além disso ela seria marcada pela racionalidade. Isso porque a relação crime-pena seria determinada pela razão e não apenas pelo instinto.
Porém, resquícios dos nossos primórdios e de nosso instinto animal muitas vezes maquiados pelo discurso racional ainda são presentes em nossas características. Muitas vezes tomamos atitudes passionais que deixam a racionalidade de lado. Assim, somos modernos, mas nem tanto. Muita coisa muda e muita coisa não tem como mudar.
José Eduardo Garcia Tavares
Nenhum comentário:
Postar um comentário