Émile
Durkheim, em sua obra “Da divisão do trabalho social”, disserta a respeito
da "solidariedade mecânica e a passionalidade do direito", comparando
uma resposta a um impulso externo que demanda, juntamente, a ideia de pena e
punição com a chamada "solidariedade orgânica", na qual existe a
noção de restituição e de um saber especializado.
Pensando nos dois tipos de sociedade preconizados
pelos termos citados anteriormente, é possível perceber que, hoje, temos uma
organização social baseada no direito penal, na cadeia, na marginalização de
indivíduos que além de infringirem a lei, ofenderam a consciência
coletiva, repleta de resquícios do primitivo e que reina na contemporaneidade.
Vários são os casos de violência sexual contra a
mulher ou de perseguições contra homossexuais, os quais demonstram um requinte
de bestialidade e mais, que permitem uma reflexão a cerca da cólera pública e
da influencia exagerada da moral nos homens.
Tal fato fica ilustrado na atitude dos jovens os
quais são estimulados uns pelos outros a praticar um dos crimes mencionados e
que agem de forma distinta quando estão em grupo, quanto há a necessidade de
pertencer ao todo.
Parece até que a previsão de Nietzsche
sobre a evolução do niilismo está longe de se concretizar: ainda carregamos
muitos valores religiosos de origem medieval; ainda duvidamos da capacidade
humana, aquela cultuada pelo renascimento e ainda não nos entregamos a ciência
pós- moderna.
O ser humano do
século XXI está à deriva e cheio de fragmentos de ideias e noções tão
diferentes que é assustador pensar que elas convivem juntas em uma mesma
sociedade. Ora, por tudo isso é razoável crer que a racionalização talvez
demore a chegar...
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