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domingo, 9 de junho de 2019

A sociologia weberiana: uma análise crítica sob as origens do poder

     A sociologia de Max Weber abarca uma vasta gama de assuntos que perpassam a sociedade. Em um de seus tópicos mais recorrentes está o estudo do poder, das formas que esse possui no tecido social e como ele é legitimado entre as partes. Para uma primeira visão, Weber estabelece três formas que a dominação se apresenta: legal, tradicional e carismática. A explicação detalhada de cada uma dessas manifestações de poder não se mostra necessária no presente trabalho. Assim, mudando-se o foco dos tipos de dominação e passando para uma visão que tenta entender as origens desse tópico, encontra-se uma certa lacuna teórica na fundamentação do sociólogo. Weber dá uma grande atenção à cultura da sociedade e infere que esse fator possui grande poder de influência nas características de determinado grupo social. Com efeito, ao analisar um assunto tão profundo como o poder e dominação do homem sobre outro, nota-se que a explicativa que conecta a origem desse à fatores culturais e suas variações é um tanto falha por não vislumbrar quesitos empíricos e mais reflexivos.
     Por meio disso, mostra-se uma lacuna na interconexão citada por não impetrar uma reflexão estrutural das origens da dominação, com base, por exemplo, na interrogação: o que leva os homens, dentro de seus maiores embates subjetivos, a se subalternizar perante outro ? Ora, a simples observação de diferentes sociedades com suas diferentes culturas demonstra a impossibilidade de ser a cultura a mais forte questão na legitimação do poder, na medida que, por exemplo, a mutabilidade dessa característica, como visto contemporâneamente com a globalização, não altera fundalmentamente a dominação entre os homens tendo em vista que, apesar das evoluçõs para dominações mais "democráticas" e sociais, ainda existem relações de dominação e que, informalmente, fora das ilusões construídas pelas heranças do liberalismo moderno, impõem relações de poder danosas de uns a outros.
     Por fim, ao apontar tais buracos teóricos, infere-se que são necessárias maiores reflexões sobre as origens do poder, qual(ais) fatores se mostram determinantes no consenso da dominação, na legitimação da opressão. Talvez seja esse fator algo intrínseco ao humano, que o ponha, naturalmente, em uma condição de necessidade de dominação ou, para maiores estudos, outras questões mais subjetivas ( ideologia ? ) que são invisíveis aos olhos e mentalidade, porém, consolidam a barreira que divide a subposição na sociedade civil e a livre consciência e ação do ser.

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