Nos últimos tempos da
política nacional, é possível perceber a tendência de pessoas acusarem outras
de aderir alguma corrente ideológica sem ao menos compreenderem o significado
de cada uma, significando uma banalização de conceitos muito importantes para a
história do mundo. Em relação isso, Max Weber (autor do século XIX e XX) havia desenvolvido
estudos a respeito desse tópico, e dessa maneira conceituou a ação social.
Ação social, de acordo
com ele, é a forma como o indivíduo age em uma sociedade, sendo que essa fato detém
tipos: a ação pode ser afetiva (realiza-se algo por uma paixão, ódio);
tradicional (executa-se alguma coisa através do hábito, sem uma reflexão sobre);
e racional (tem-se a noção de que a pessoa faz algo ou por acreditar naquilo,
ou por receber determinada coisa em troca), portanto, dependendo da maneira que
o indivíduo age, haverá uma opinião formada sobre ele. Dentro disso, o ideal
para Weber não é julgar o ser por sua ação social, e sim estabelecer um entendimento
do porquê ele pensa dessa maneira.
Na atualidade, a discussão
política com o ser humano encontra-se em um patamar arisco, já que independente
do contexto histórico por trás de uma palavra, define-se ideologicamente uma
pessoa por meio de diálogos superficiais, sendo que o mais típico é rotular
alguém como socialista caso posicionar-se a favor de maiores investimentos estatais
na saúde e educação do Brasil -além da visão pejorativa que se busca passar com
isso. Importante ressaltar que tal ação é feita por pessoas que não
necessariamente entendem o que tal corrente transmite de conhecimento, além de
desconhecer os motivos aos quais alguém poderia acreditar nela ou não, afinal,
o fundamental é classificar os ideais de cada um, resultando na banalização dos
conceitos estudados por diversos
teóricos.
Esse fator interfere também
na construção da politização dos direitos humanos, o que representa uma atitude
de deslegitimar os direitos fundamentais inerentes aos seres humanos, haja vista a situação de ser compreendido
pelo senso comum de que tais direitos são doutrinas correspondentes a quem concorda
com a esquerda, caso contrário, não há possibilidade de defender estas garantias
universais a todo ser humano. Somado a isso, é possível relacionar que o fato
de propor um cunho ideológico para todas essas visões, tanto em relação aos
direitos humanos, quanto ao fato da enganação espalha pelo mundo, e no Brasil,
de que os ideais de esquerda visam apenas a dominação, e as outras linhas de pensamento
não.
Para Max Weber, a
dominação é fruto de um poder que uma pessoa possui perante o outro, e neste
caso, é visível que no contexto da política do Brasil, há uma mistura de dois,
de três, tipos de dominação tipificadas pelo autor: a carismática (um
presidente que diz aquilo que o povo quer escutar, automaticamente faz o povo aceitar
as demais informações passadas por ele) e a tradicional (a figura de respeito comunica
alguma opinião, e esta palavra deve ser escutada e aceita como verdadeira
-exemplificando, o presidente Jair Bolsonaro, que além de popular, é vista como
uma pessoa que deveria possuir crédito no que fala pelo cargo ocupado, mas suas
exposições, em maioria, são falaciosas). Dessa forma, vê-se que, no mais, a
vida humana não passa de um caminho para iludir a opinião dos indivíduos em
prol de vantagens e poderes a grupos interessados em induzir opiniões da
sociedade ao engano.
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