Considerando esses pontos, podemos também notar como ele é atacado continuamente, mesmo apos sua organização e durante sua atuação. Esses ataques representam a tentativa de retroagir os avanços sociais obtidos, mesmo que mínimos.
Uma outra forma de se frear o avanço social, além da negação dos avanços sociais recém conquistados, é a supressão de direitos que já existiam e que tínhamos como bem estabelecidos, como por exemplo a educação básica de qualidade. Ambos têm o mesmo objetivo, a dificultação do ingresso de setores sociais no ensino superior. Num encontramos a oposição ao ingresso (cotas), enquanto noutro temos o maior despreparo dos alunos para o seu ingresso. O termo "programado" refere-se ao que parece ser um plano de longo prazo para desmanche do ensino público do fundamental até o superior, que envolve restrições orçamentárias, desmotivação do corpo docente, diminuição da qualidade de ensino, aumento na oferta de instituições com fins lucrativos, finalmente com estas ocupando o nicho das instituições públicas.
Se um desmanche pontual já é dificil de se interromper, um desmanche programado seria quase impossível de se frear. Ainda que a dialética da emancipação social pareça ser como uma valsa (dois para frente, um para trás), há a tentativa de se fazer uma valsa inversa (um pra frente, dois para trás), anulando e retrocedendo todo o avanço obtido nas décadas anteriores.
Alguns links e referências interessantes, relativos ao tema tratado:
https://theintercept.com/2017/10/20/sob-aplausos-do-mercado-financeiro-empresarios-ja-lucram-com-reforma-do-ensino-medio/
http://hpc.ct.utfpr.edu.br/node/35
Guilherme M. Hotta - 1o ano noturno
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