Aprofundando a filosofia desenvolvida por Comte, Émile Durkheim versa, em sua obra “De La Division Du Travail Social”, sobre os principais aspectos da divisão do trabalho e o papel por ela desempenhado. Seu objetivo central seria demonstrar que tal divisão seria a condição de existência de uma sociedade coesa e solidária, e não apenas um fenômeno de sentido econômico.
Como primeiro exemplo existente, tem-se a sociedade conjugal. Esta, envolvendo vínculos duradouros, fidelidade e solidariedade entre os cônjuges, apenas surge com a primeira divisão do trabalho existente, a divisão sexual, sendo que antes de tal momento, homens e mulheres estabeleciam entre si unicamente relações efêmeras e apresentavam até mesmo diferenças físicas pouco nítidas, uma vez que eram encarregados das mesmas espécies de serviços.
A posterior divisão instituída na modernidade, por sua vez, seria proveniente, de acordo com Durkheim, de uma anterior diferenciação social permeada de valores morais: ao se resignar aos cargos que lhe são conferidos, ainda que em escala sócio-econômica inferior, todos estariam objetivando, de maneira solidária, o bem comum, a harmonia e o progresso do corpo social. Com habilidades e papéis divergentes, uniriam-se os indivíduos de forma a gerar complementaridade entre si, constituindo a essência da divisão do trabalho e da solidariedade social, além de promover, segundo Durkheim, efeitos morais imensamente maiores do que benefícios econômicos à comunidade.
A idéia presente na filosofia Durkheimiana de cooperação visando o bem estar comum, já esteve em uso, por exemplo, (obviamente que de maneira diversa da que poderia ser aplicada pela sociedade moderna) em antigas sociedades tribais, onde o trabalho realizado por cada um visava à manutenção e à prosperidade de todo o grupo, excluindo-se o egoísmo e o individualismo, que seria, nas palavras de Durkheim, a imagem da degeneração moral. A convivência absolutamente pacífica gerada por tal comportamento nas citadas comunidades é prova de que a sociedade proposta por Durkheim mostra-se válida em muitos aspectos. No entanto, não se pode deixar de questionar se a divisão do trabalho por ele proposta não poderia eventualmente corromper-se, já que alguns deveriam conformar-se com ofícios que lhe desagradam, ao passo que outros apenas se integrariam a tal sistema enquanto este se lhes mostrasse útil e vantajoso. É imprescindível, portanto, o reconhecimento das qualidades e conceitos até certo ponto aplicáveis da obra de Durkheim, mas também de outros que poderiam torná-la, como muitas outras antes propostas, utópica.
Como primeiro exemplo existente, tem-se a sociedade conjugal. Esta, envolvendo vínculos duradouros, fidelidade e solidariedade entre os cônjuges, apenas surge com a primeira divisão do trabalho existente, a divisão sexual, sendo que antes de tal momento, homens e mulheres estabeleciam entre si unicamente relações efêmeras e apresentavam até mesmo diferenças físicas pouco nítidas, uma vez que eram encarregados das mesmas espécies de serviços.
A posterior divisão instituída na modernidade, por sua vez, seria proveniente, de acordo com Durkheim, de uma anterior diferenciação social permeada de valores morais: ao se resignar aos cargos que lhe são conferidos, ainda que em escala sócio-econômica inferior, todos estariam objetivando, de maneira solidária, o bem comum, a harmonia e o progresso do corpo social. Com habilidades e papéis divergentes, uniriam-se os indivíduos de forma a gerar complementaridade entre si, constituindo a essência da divisão do trabalho e da solidariedade social, além de promover, segundo Durkheim, efeitos morais imensamente maiores do que benefícios econômicos à comunidade.
A idéia presente na filosofia Durkheimiana de cooperação visando o bem estar comum, já esteve em uso, por exemplo, (obviamente que de maneira diversa da que poderia ser aplicada pela sociedade moderna) em antigas sociedades tribais, onde o trabalho realizado por cada um visava à manutenção e à prosperidade de todo o grupo, excluindo-se o egoísmo e o individualismo, que seria, nas palavras de Durkheim, a imagem da degeneração moral. A convivência absolutamente pacífica gerada por tal comportamento nas citadas comunidades é prova de que a sociedade proposta por Durkheim mostra-se válida em muitos aspectos. No entanto, não se pode deixar de questionar se a divisão do trabalho por ele proposta não poderia eventualmente corromper-se, já que alguns deveriam conformar-se com ofícios que lhe desagradam, ao passo que outros apenas se integrariam a tal sistema enquanto este se lhes mostrasse útil e vantajoso. É imprescindível, portanto, o reconhecimento das qualidades e conceitos até certo ponto aplicáveis da obra de Durkheim, mas também de outros que poderiam torná-la, como muitas outras antes propostas, utópica.
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