A educação nos faz chegar a determinado tipo de comportamento que espontaneamente nós não chegaríamos e essa educação, ainda, insere a sociedade em nós. Na visão de Durkheim, a sociedade é o princípio absoluto, é o fator mais importante para os homens.
Durkheim se utiliza da metáfora de que assim como os órgãos do corpo possuem suas determinadas funções, cada indivíduo cumpre uma determinada função dentro da sociedade. E assim como uma paralisação de algum órgão leva a um prejuízo do saudável, uma insatisfação popular leva à patologia sociológica.
A ideia de função social para Durkheim estabelece o sentido de qual papel o indivíduo cumpre, porque a divisão do trabalho (cada indivíduo cumprindo uma determinada função) constitui condição de existência da sociedade e garante o equilíbrio social pela especialização das tarefas.
A verdadeira função da divisão do trabalho é criar, entre duas ou várias pessoas, um sentimento de solidariedade, elemento central na organização da sociedade, reforçando, assim, a ideia de solidariedade precedida por Comte, o qual afirma que: “ligação de cada um a todos, sob uma multidão de aspectos diferentes, de maneira a tornar involuntariamente familiar o íntimo sentimento de solidariedade social” (COMTE, A. Discurso sobre o Espírito Positivo (1844), p. 77.).
O individualismo para Durkheim é a degeneração moral, porque o homem deve se sujeitar à sua função para favorecer o bem-comum. E a moral é imprescindível para o bem social.
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