O filme "Ponto de mutação" conta com três personagens principais, que descorrem sobre vários assuntos durante a obra. Esses personagens são: um poeta, uma cientista e um político, mostrando assim opniões diversificadas sobre um mesmo assunto.
É tratado no filme assuntos atuais como a visão do homem acerca da natureza, a cientista cita a visão mecanicista da natureza difundida por Descartes e defende que o mundo mudou e essa teoria não seria mais válida. Ela afirma que a natureza é uma máquina viva e não mecânica como um relógio, diferente deste ela não pode ser desmontada, estudada e totalmente dominada como dizia Descartes.
É necessário ao homem entender que a natureza não é totalmente previsível e que seus fenômenos não podem ser totalmente desvendados. O homem é submisso às suas leis e não o contrário. Atualmente vê-se uma grande quantidade de sismógrafos e outras tecnologias tentando prever acontecimentos catastróficos, mesmo assim vê-se muitas vezes o homem pego de surpresa ou suspendendo alertas antes dados.
A cientista defende que ver o mundo como máquina é nocivo pois ele não pode ser sempre concertado e previsto, há particularidades nele que não podem ser conhecidas e nossas atitudes possuem uma consequência direta sobre as mesmas. Sendo assim, nossas ações contra a natureza repercurtirão sempre em nós próprios, os principais beneficiados ou prejudicados.
Em um momento do filme há a indagação: "Crianças devem passar fome para que possamos pagar a dívida externa?" . Os personagens chegam à conclusão que na prática é isso que acontece, o Brasil é citado para demonstrar como muitaz vezes explora-se erroneamente as riquezas e população do país para arcar com prejuízos anteriores causados pela mesma concepção errônea, defendida por Bacon, de que a natureza deveria ser caçada e posta para trabalhar a favor do homem. O orgão Sindipetro-RJ publicou o seguinte:
"Acreditava-se que a natureza tinha poder ilimitado de depuração e regeneração. Que podia digerir todas as agressões humanas. E que as descobertas da ciência corrigiriam possíveis danos.
Mas o que observamos? Incêndios, florestas devastadas, rios assoreados e poluídos e espécies em extinção. Sobreviverá o homem? Ou desaparecerá, também, vítima de sua própria depredação?
Segundo a União Internacional pela Conservação da Natureza, existem cerca de 5 mil espécies em extinção, muitas das quais com habitat em nosso país. O direito à vida humana é, por extensão, o direito à vida de todas as espécies no planeta. O respeito à biodiversidade (variedade de espécies vivas existentes no planeta) é uma questão de sobrevivência. ".
O filme mostra que é preciso mudar tudo de uma vez só. O personagem do político em determinado momento dúvida das reais dimensões dos problemas da natureza, ele defende a teoria de que a natureza possui um processo de auto-cura. Algumas dessas teorias, ainda hoje, afirmam que todos esses desastres naturais já aconteciam porém hoje têm-se acesso devido à globalização mundial.Mas pode-se perceber que quanto mais o homem toma atitudes contra a natureza mais a sua fúria aparece, e creio que a globalização não explica tal processo.
Durante a obra percebe-se que muitas vezes física e poesia se confundem, mostrando a impossibilidade de apenas uma visão de mundo.Sendo assim, pode-se abstrair do filme que o mundo está em constante mudança e deve-se ter a mente aberta para novas teorias e ideias acerca do mesmo. Afinal, são necessárias mudanças rápidas nas atitudes para que possa se contornar os grandes problemas mundiais.
Danielle Tavares- 1 º noturno
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