Os filósofos do século XVIII foram citados, a exemplo de Descartes e Newton, por serem representantes de uma forma de conceber a ciência dentro dos princípios e valores mecanicistas. Certamente essa contribuição que na época foi um grande salto para interpretar o mundo para além do misticismo e dogmas do passado medieval, hoje já está superada. Como forma de explicar o mundo naquela época, foi utilizada a metáfora da visão do mundo como um grande relógio perfeito como exemplo. Para entender esse mundo bastaria decompor as suas partes para que fosse percebido o todo.
O filme esboça a idéia de uma nova percepção científica denominada de Teoria dos Sistemas, segundo a qual todos os seres vivos, estão integrados através de sistemas sociais e por ecossistemas. Essa visão holística integra as partes com o todo e permite que sejam feitas as interconexões existentes entre a VIDA e as MATÉRIAS.
É preciso que o mundo seja pensado como processos integrados e não como estruturas. O pensamento cartesiano elabora a sua percepção mecanicamente. A metáfora do relógio perfeito já não serve mais para analisar os padrões globais complexos do mundo contemporâneo.
Com a mudança radical dos ideais e valores da humanidade, poderemos promover o avanço de um novo padrão de ciência que proponha a efetiva resolução de parte dos problemas da humanidade sem criar outros muito mais nocivos. Somente assim, a ciência alcançará um patamar ético aceitável para a convivência entre homem e natureza, entre a vida e a sua reprodução saudável. Um salto de qualidade, um “Ponto de Mutação”.
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