Iniciada na cidade de Wuhan na China, a pandemia de
COVID-19 nos afetou tanto financeiramente quanto socialmente. Estamos diante de
uma das maiores crises já vivenciadas desde os últimos anos e, fazendo uma
observação crítica através de nosso meio social, vemos que o Brasil se encontra
em uma situação política que diverge da maioria dos países e organizações
mundiais, visto que nosso presidente se posiciona contra as ações recomendada
especialistas em saúde. Tendo em vista esse tipo de acontecimento, podemos
dizer que o nosso país, em virtude principalmente da pandemia, está em uma
situação maior de fragilidade política e social, pois vemos que certa parte da
população infelizmente não conseguiu assimilar a gravidade do problema em que estamos
passando e ainda vão contra as ideias de isolamento social, inclusive fazendo
manifestações apoiando as decisões governamentais que são contra essas ideias e
que pedem a volta da Ditadura Militar com a implementação do AI-5.
Diante de
todo o passado que já vivemos, ainda assim há uma evidente parcela da população
que coloca em confronto o direito e a ciência, não só no Brasil, mas também em
países considerados “desenvolvidos”, como Itália, Espanha e Estados Unidos.
Torna-se viável fazermos uma comparação sobre a visão da ciência que temos
atualmente e àquela interpretada na Idade Média. À época, nós tínhamos a
ciência de uma maneira submissa à religião, em que a palavra da Igreja valia
mais do que qualquer outra na sociedade. Galileu Galilei, astrônomo italiano
foi uma das mais famosas perseguições feitas pela Igreja, e então, o cientista
teve que negar sua teoria para não ser morto. Voltando para as sociedades
atuais em tempos de pandemia, pode-se esclarecer que essa onda de
“contestadores da ciência” nos traz a ideia de que estamos em uma sociedade
feudal, na qual a população está em um beco sem saída, nas mãos de governantes
irresponsáveis, que, por negarem a ciência, trazem diversos problemas ao povo.
Portanto,
vemos que, em tempos de crise, é cada vez mais necessária uma maior aceitação e
compreensão da ciência como verdade, ou seja, uma maior utilização do
Empirismo, proposto por Descartes, já que necessitamos muito de novas
informações para solucionar da melhor forma a pandemia de COVID-19, sendo que o
governo deve intervir da melhor forma, mobilizando o direito em favor daqueles
que mais necessitam e permitindo uma maior coexistência entre os poderes do
Estado.
Gustavo Muglia de Souza – Direito Diurno
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