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segunda-feira, 20 de abril de 2020

A desinformação e o descaso pela ciência como agravantes da pandemia do Covid-19


A guerra informacional e o descrédito à ciência mostram-se há muito tempo presentes no mundo como um todo. No entanto, em momentos como o que vivemos na atualidade, marcado pela pandemia mundial do novo coronavírus, capaz de saturar facilmente os sistemas de saúde de inúmeros países e que já fez mais de 150.000 vítimas, tornam-se inconcebíveis pensamentos que confrontam a autoridade de órgãos de saúde cuja credibilidade é reconhecida mundialmente. São incontáveis os exemplos, atualmente, dessa guerra informacional no ambiente científico, travada principalmente entre chefes de estado e autoridades da saúde: Trump, presidente dos Estados Unidos, se refere ao coronavírus  como o “vírus chinês”, colocando de forma implícita que a pandemia foi programada pela China, embora pesquisas relacionadas à origem do vírus tenham indicado o contrário, Bolsonaro sai às ruas incentivando manifestações públicas em favor do fim do confinamento, contrariando recomendações da OMS que estabelecem o distanciamento social como uma das mais efetivas medidas contra a proliferação do vírus, além de alguns manifestantes brasileiros e norte-americanos que afirmam a não existência real do Covid-19.
Dessa forma, não é uma novidade que os EUA, por exemplo, sejam o país que hoje apresenta o maior índice de contaminação no mundo inteiro: mais de meio milhão de norte-americanos já foram infectados pelo coronavírus e mais de 40.000 foram vítimas deste. Essa mesma situação de confronto à ciência, gerando posteriormente consequências desastrosas, verificou-se na Itália, mais especificamente em Milão, cujo prefeito havia compartilhado vídeos que se baseavam em frases como “Milão não para” e que posteriormente acarretaram no fato da cidade estar numa das regiões mais afetadas pelo vírus.
Portanto, tomando como exemplo o que ocorrera em países como a Itália e os Estados Unidos, mostra-se urgente a adoção das medidas preventivas recomendadas pelos órgãos mundias de saúde. Embora verificar e analisar as informações que nos são entregues pelos mais variados meios comunicacionais sejam atitudes coerentes e de direito de todos, deixam de sê-lo quando opiniões particulares de chefes de estado, como as de Bolsonaro, apresentam maior credibilidade em determinados setores da sociedade que as de especialistas na área da saúde, colocando em risco não somente aqueles que manisfestam esse tipo de pensamento infundado, mas também todo o restante do país e do mundo.

Gustavo de Oliveira Battistini Pestana -  ano Direito Matutino

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