A
guerra informacional e o descrédito à ciência mostram-se há muito tempo
presentes no mundo como um todo. No entanto, em momentos como o que vivemos na
atualidade, marcado pela pandemia mundial do novo coronavírus, capaz de saturar
facilmente os sistemas de saúde de inúmeros países e que já fez mais de 150.000
vítimas, tornam-se inconcebíveis pensamentos que confrontam a autoridade de órgãos
de saúde cuja credibilidade é reconhecida mundialmente. São incontáveis os
exemplos, atualmente, dessa guerra informacional no ambiente científico,
travada principalmente entre chefes de estado e autoridades da saúde: Trump,
presidente dos Estados Unidos, se refere ao coronavírus como o “vírus chinês”, colocando de forma
implícita que a pandemia foi programada pela China, embora pesquisas
relacionadas à origem do vírus tenham indicado o contrário, Bolsonaro sai às
ruas incentivando manifestações públicas em favor do fim do confinamento,
contrariando recomendações da OMS que estabelecem o distanciamento social como
uma das mais efetivas medidas contra a proliferação do vírus, além de alguns
manifestantes brasileiros e norte-americanos que afirmam a não existência real
do Covid-19.
Dessa
forma, não é uma novidade que os EUA, por exemplo, sejam o país que hoje
apresenta o maior índice de contaminação no mundo inteiro: mais de meio milhão de
norte-americanos já foram infectados pelo coronavírus e mais de 40.000 foram
vítimas deste. Essa mesma situação de confronto à ciência, gerando
posteriormente consequências desastrosas, verificou-se na Itália, mais
especificamente em Milão, cujo prefeito havia compartilhado vídeos que se
baseavam em frases como “Milão não para” e que posteriormente acarretaram no fato
da cidade estar numa das regiões mais afetadas pelo vírus.
Portanto,
tomando como exemplo o que ocorrera em países como a Itália e os Estados
Unidos, mostra-se urgente a adoção das medidas preventivas recomendadas pelos órgãos
mundias de saúde. Embora verificar e analisar as informações que nos são entregues
pelos mais variados meios comunicacionais sejam atitudes coerentes e de direito de todos, deixam de
sê-lo quando opiniões particulares de chefes de estado, como as de Bolsonaro,
apresentam maior credibilidade em determinados setores da sociedade que as de
especialistas na área da saúde, colocando em risco não somente aqueles que manisfestam
esse tipo de pensamento infundado, mas também todo o restante do país e do
mundo.
Gustavo de Oliveira Battistini Pestana - 1º ano Direito Matutino
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