O aborto por si só é um assunto extremamente polêmico (como
mostrado na figura acima), pois se trata do direito à vida e, as concepções de
quando a vida começa são das mais diversas... além disso, trata-se da
liberdade, domínio e disposição da mulher sobre o próprio corpo, o que é um
tabu, já que vivemos em uma sociedade conservadora e muito machista.
Entretanto, não me prolongarei sobre o aborto comum no Brasil, feito clandestinamente, que ocorre todos os dias, mata e fere mulheres brasileiras. O assunto que será abordado é o aborto de fetos anencefálicos. O aborto em casos de estupro ou de perigo eminente à vida da mulher já fora legalizado no país quando a discussão sobre aborto de anencéfalos começou. Polêmico como qualquer assunto que envolva a moral e os bons costumes, a legalização desse aborto comoveu toda a população que se dividiu em dois grupos: conservadores e religiosos extremistas e, do outro lado, pessoas sensatas. Já que, forçar mulheres a passarem por uma gravidez da qual o bebê gerado está fadado à morte em poucos dias chega a ser cruel.
Entretanto, não me prolongarei sobre o aborto comum no Brasil, feito clandestinamente, que ocorre todos os dias, mata e fere mulheres brasileiras. O assunto que será abordado é o aborto de fetos anencefálicos. O aborto em casos de estupro ou de perigo eminente à vida da mulher já fora legalizado no país quando a discussão sobre aborto de anencéfalos começou. Polêmico como qualquer assunto que envolva a moral e os bons costumes, a legalização desse aborto comoveu toda a população que se dividiu em dois grupos: conservadores e religiosos extremistas e, do outro lado, pessoas sensatas. Já que, forçar mulheres a passarem por uma gravidez da qual o bebê gerado está fadado à morte em poucos dias chega a ser cruel.
O caso, como a maioria das polemicas brasileiras, foi
judicializado e, por isso devemos repensar o que é o direito e pra que e pra
quem ele funciona. De acordo com o sociólogo Pierre Bourdieu, o Direito parte
do poder simbólico, ou seja, mesmo que não materializado concretamente, ele
existe por causa das normas ou até mesmo fatos que reconhecem um ator ou uma
instituição social. Além disso, ele acredita que o campo jurídico, diferente
dos outros campos, apresenta autonomia, mesmo não sendo completa, tem elementos
próprios e regulares. Por isso, podemos usar desse sociólogo para julgar o caso
do aborto anencéfalo, já que não haveria um poder de classe imposto e, apesar
de acreditar que o Direito, assim como qualquer outra área, está diretamente
ligado a moral, não haveria um poder da moral tão exorbitante que fizesse com
que essa impedisse avanços sociais. Deste modo, o Direito é tomado como um
espaço de conflito dialético, que muda conforme a história, sendo fruto de uma
necessidade de adaptação às demandas e a nova realidade social, que ele resolve
com respostas jurídicas.
Beatriz Carvalho- 1o ano noturno
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