Tema 5: A máquina, a
produtividade e a condição humana.
Minha punição, seu lucro.
Antes, o modo de produção em sua
maioria era feito de serviços artesanais, que em relação ao que estava por vir,
o homem era mais valorizado, pois exerciam funções mais específicas. Com o
advento da industrialização muita coisa mudou, o investimento em capital
constante, tal como na lei da baixa tendência da taxa de lucro de Marx, aumentou,
então o capital variável foi proporcionalmente reduzido, tem-se que a mão de
obra humana foi gradualmente sendo substituída pela mecânica.
O homem começa a se tornar descartável
e reciclável. Descartável pela sua especificidade que foi reduzida, tornando
facilmente substituível; E reciclável por que após se tornar desempregado, para
tentar se manter, era preciso se reinventar alçando novas áreas e tarefas.
A máquina acaba por afrontar o
próprio homem, produzindo além do imaginável da capacidade do ser, e impõe um
novo referencial ao passo que modifica a noção do tempo e do espaço. Pode-se
produzir muito mais em muito menos tempo e com as novas tecnologias pode-se contatar
em tempo real com outro continente. O homem transfere seu saber para a máquina.
O aumento da produção e a
diminuição do tempo deveriam dar ao trabalhador mais tempo de folga e lazer, mas
não é o que ocorre, como todo o sistema é baseado na busca incessante de lucro,
o desenvolvimento acaba por não amenizar a condição humana do trabalhador.
A fome é um dos casos mais
claros, muita comida é produzida por ano, muito mais que seria necessário para
acabar com a fome no planeta, mas muito dessa mesma comida é perdida enquanto
existem pessoas famintas.
O desenvolvimento só trouxe mais
ganancia pela ampliação do lucro enquanto a trabalhador foi sendo esquecido e
incapacitado intelectualmente, com uma educação que busca a formação de
operários totalmente dependentes e não de agentes modificadores e autossuficientes.
Com a transferência do
conhecimento para a máquina, a busca contínua de lucro e uma educação de baixa
qualidade o operário acabou não tirando um proveito positivo, e em seu
benefício, do desenvolvimento do capital constante. Quem acabou conseguindo
esse proveito de maneira bem positiva foram os capitalistas com suas máquinas,
que penalizaram com mais trabalho seus subalternos.
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