Muito distante da politéia e do cidadao helênico
que podia dedicar-se à vida política e à filosofia, a máquina moderna nao
libertou o homem do trabalho. Ao contrário, o trabalho mecanizado serviu para o
aumento da producao e consequentemente da geracao de riqueza aos Estados, sem
que para isso fosse garantida melhores condicoes de vida ao trabalhador. Nao
obstante, nao se pode negar os benefícios da tecnologia e nao cabe aqui também o
argumento falacioso e panfletário de que a máquina rouba o posto de trabalho do
operário (como se o aumento de eficácia devesse ser condenado). O problema é
administrativo ou sistêmico. Se concebermos a máquina como um artefato do
engenho humano, entao seu fim ultimo é solucionar um probblema específico ou ainda
uma servir como uma potencialidade de capacidades físicas humanas. Talvez seja
tarefa do Estado democrático de direito, em sentido científico, construir mecanismos
que assegurem que os dividendos oriundos do aumento da produtividade sejam
devidamente aplicados para o proveito do cidadao, em busca de um welfare state.
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