UMA
ANÁLISE DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA SOB UMA PERSPECTIVA MARXISTA
O marxismo
pode ser compreendido como uma corrente filosófica e sociológica que surge a
partir da segunda metade do século XIX, tendo como representantes iniciais: Karl Marx e Friedrich
Engels. Em resumo, depreende-se que o marxismo se apresenta como ferramenta
de análise rigoroso da realidade social. Nesse sentido, essa corrente se caracteriza
na dialética materialista e histórica, em outras palavras, estuda o mundo material
e os fatos do cotidiano, portanto, se desprendendo do campo das ideias.
Desse modo, o marxismo se
afasta do idealismo hegeliano, uma vez que a proposta fundamental de Hegel é
permanecer no campo ideológico e filosófico, portanto, não sendo capaz de se sustentar
no mundo concreto. Para Marx, devemos observar o mundo material desprendido da
ideia de ideologia a fim de garantir uma análise pura da realidade. Nesse
sentido, o marxismo lança mão do estudo das relações de produção, das condições
materiais e das forças produtivas, bem como de toda a dinâmica do mundo
concreto, isto é, da relação entre a economia, a sociedade de classes e a
política.
Em vista disso, sob a
perspectiva marxista, pode-se afirmar que o mundo contemporâneo vive sob o espectro
capitalista, uma vez que a relação do homem com o trabalho continua sendo visar
o lucro no mercado global. À exemplo disso, podemos citar as contratações de
jogadores dos times de futebol da liga europeia, uma vez que as transações econômicas
não visam somente o reforço atlético do time, mas sim a possibilidade de lucro
com o marketing para a venda de camisetas e acessórios para os torcedores.
Também, podemos exemplificar
as novas relações de trabalho. O mundo moderno foi capaz de robotizar atividades
que, até o século XX, eram realizadas pela mão de obra humana. Nesse sentido, a
sociedade contemporânea lança mão da substituição da mão de obra humana pela
mecanizada a fim de potencializar a produção e diminuir os custos com os
empregados. Por exemplo, as grandes empresas automotoras, tais como a Ferrari,
Aston Martin e a Mclaren fabricam os seus carros somente por meio da supervisão
de uma equipe de engenheiros mecânicos altamente especializados e com um grupo
especialista em computação a fim de programar o sistema operacional que
controla toda a produção das partes que compõem o automóvel.
Por último, vale ressaltar,
também, a religião, que por sua vez tem lançado mão cada vez mais da teologia
da prosperidade, isto é, de que é lícito pedir ao criador o acumulo de riquezas,
sendo isso, um exemplo de benção divina. Nesse sentido, destaca-se as igrejas neopentecostais
brasileiras, pois cada vez mais a prática da venda de objetos espirituais como
amuletos de proteção e de prosperidade têm ganhado proporção dentro da
comunidade cristã brasileira.
ITALO DE ABREU CORREIA – DIREITO NOTURNO, TURMA 38
Nenhum comentário:
Postar um comentário