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segunda-feira, 23 de agosto de 2021

UMA ANÁLISE DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA SOB UMA PERSPECTIVA MARXISTA

 

O marxismo pode ser compreendido como uma corrente filosófica e sociológica que surge a partir da segunda metade do século XIX, tendo como representantes iniciais: Karl Marx e Friedrich Engels. Em resumo, depreende-se que o marxismo se apresenta como ferramenta de análise rigoroso da realidade social. Nesse sentido, essa corrente se caracteriza na dialética materialista e histórica, em outras palavras, estuda o mundo material e os fatos do cotidiano, portanto, se desprendendo do campo das ideias.

Desse modo, o marxismo se afasta do idealismo hegeliano, uma vez que a proposta fundamental de Hegel é permanecer no campo ideológico e filosófico, portanto, não sendo capaz de se sustentar no mundo concreto. Para Marx, devemos observar o mundo material desprendido da ideia de ideologia a fim de garantir uma análise pura da realidade. Nesse sentido, o marxismo lança mão do estudo das relações de produção, das condições materiais e das forças produtivas, bem como de toda a dinâmica do mundo concreto, isto é, da relação entre a economia, a sociedade de classes e a política.

Em vista disso, sob a perspectiva marxista, pode-se afirmar que o mundo contemporâneo vive sob o espectro capitalista, uma vez que a relação do homem com o trabalho continua sendo visar o lucro no mercado global. À exemplo disso, podemos citar as contratações de jogadores dos times de futebol da liga europeia, uma vez que as transações econômicas não visam somente o reforço atlético do time, mas sim a possibilidade de lucro com o marketing para a venda de camisetas e acessórios para os torcedores.

Também, podemos exemplificar as novas relações de trabalho. O mundo moderno foi capaz de robotizar atividades que, até o século XX, eram realizadas pela mão de obra humana. Nesse sentido, a sociedade contemporânea lança mão da substituição da mão de obra humana pela mecanizada a fim de potencializar a produção e diminuir os custos com os empregados. Por exemplo, as grandes empresas automotoras, tais como a Ferrari, Aston Martin e a Mclaren fabricam os seus carros somente por meio da supervisão de uma equipe de engenheiros mecânicos altamente especializados e com um grupo especialista em computação a fim de programar o sistema operacional que controla toda a produção das partes que compõem o automóvel.

Por último, vale ressaltar, também, a religião, que por sua vez tem lançado mão cada vez mais da teologia da prosperidade, isto é, de que é lícito pedir ao criador o acumulo de riquezas, sendo isso, um exemplo de benção divina. Nesse sentido, destaca-se as igrejas neopentecostais brasileiras, pois cada vez mais a prática da venda de objetos espirituais como amuletos de proteção e de prosperidade têm ganhado proporção dentro da comunidade cristã brasileira.  

   

ITALO DE ABREU CORREIA – DIREITO NOTURNO, TURMA 38

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