O materialismo histórico dialético é nada menos do que o modo como Marx percebe a realidade. Tecnicamente falando, é um método científico que defende que o ambiente, o organismo e os fenômenos físicos tanto modelam animais irracionais e racionais, sua sociedade e cultura quanto são modelados por eles, ou seja, que a matéria está em uma relação dialética com o psicológico e o social.
Esse método, utilizado por Marx durante toda a construção de suas teses, análises e teorias é um caminho revolucionário para a leitura do mundo e seus fenômenos das mais variadas naturezas, incluindo os sociais. Baseado na dialética hegelliana, porém sendo uma antítese dessa, este método implica na indissociação de fenômenos que muitas vezes são ignorados ou, até mesmo, negligenciados na percepção dos fatos sociais.
A percepção materialista histórica e dialética permite uma inflexão sobre os fatos que constantemente acrescenta elementos a esse movimento dialético. No entanto, o elemento fundamental nesse movimento é a história. A percepção sobre "o que é história" para Marx diferencia todo caminho a ser seguido trazendo uma análise muito mais fidedigna da realidade dos fatos, uma vez que esses são produto dela. A concepção e a relação de superestrutura e infraestrutura estão diretamente ligadas, ou melhor, são resultado dela. Uma vez que o mundo material (infraestrutura) determina o ideal (superestrutura) através da própria produção da história: realizações doz homens, de carne e osso (ou seja, material), lutando na sua própria sobrevivência em seus meios materiais.
Essa percepção da história e sua posição enquanto protagonista da realidade é essencial na leitura do mundo. Além de revelar o homem como sujeito responsável pelos fenômenos sociais que ele mesmo provoca, aponta sujeitos de responsabilidade e o peso das ações. As leituras que ignoram esses pontos apenas reproduzem lógicas subversivas e a manutenção de uma superestrutura desgastada e opressora.
Marcella Peixoto, 1° ano - noturno
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