“Os homens fazem a própria história, mas não escolhem como”, essa frase faz muito sentido
pois os homens são limitados pelas condições materiais e históricas da sua existência. Graças
as ideias antagônicas de Marx e Hegel, a questão do materialismo se tornou um ponto de
frequente debate social. Enquanto Marx, defendia uma ação dominante das classes sociais.
Hegel valorizava a ideia de um estado que possuí a presença geral, ou seja, que visa o bem
comum da população e o interesse coletivo. Característica essa que Marx descorda, pois para
o sociólogo, é impossível almejar o interesse coletivo, pois o estado sempre acaba
representando apenas a burguesia, formando uma falsa ideia de representação com sua
população, seja ela a classe dominante, que impõe um falso sentimento de igualdade para com
o restante da população, seja o proletariado que acaba sendo conduzido a pensar de que o
interesse burguês é a maneira ideal de lidar com os problemas sociais.
Devido a essa questão do materialismo fica nítido que, diversas questões que vimos
anteriormente, ainda são frequentemente vistas na sociedade, visto que a maior parte da
população, isto é a classe dominada ainda se enxerga pela visão da classe dominante,
impedindo que ocorra o avanço dessa parte do povo. A partir disso a parte da população que é
reprimida pela burguesia se vê estagnada, uma vez que todo o monopólio da classe dominante
contribui para a manutenção do privilégio tradicional, em outras palavras essa ideia apoia os
valores convencionais, onde a classe operária se vê sem saída e num ciclo interminável, no
meio de um sistema onde os periféricos são “destinados” a continuar seguindo esse papel.
Essa linha de raciocínio, faz ainda mais sentido para as pessoas que vivem essa realidade da
classe trabalhadora, pois nas áreas mais marginalizadas é nítido que a parte mais pobre do
povo se vê fadada a apenas continuar e aceitar a posição que seus antepassados
desempenhavam, transformando a ascensão social num sonho alcançado por uma mínima
parte dessa população. Consequentemente, grande parte dos jovens suburbanos vislumbram
poucas oportunidades de ascensão social, onde o jovem sequer pensa na possibilidade de ter
um futuro próspero, se contentando com o mínimo.
Em vista dos argumentos apresentados, a ideia do materialismo ainda nos dias de hoje, é
muito recorrente no corpo social, pois classifica, manipula e cega as pessoas que deveriam
reivindicar uma situação que teria que ser justa, onde a classe dominada possuiria o mesmo
poder que a classe dominante.
Vinícius Barboza Felix dos Santos- 1° Semestre de Direito Matutino
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