Cotidianamente, na sociedade capitalista, bens são produzidos e serviços são prestados pela classe proletária como forma de obtenção das condições materiais, necessidades básicas para a manutenção da vida. De outro lado, todo um sistema é mantido por forças que dominam, conhecidas explicitamente como burguesia, a qual detém controle dos meios de produção e extrai lucro sobre o trabalho alheio. Essa é a realidade.
Diante disso,
o filosofo Karl Marx buscou compreender tal realidade a fim de obter o
conhecimento necessário e talvez suficiente para transformá-la, ou ao menos
iniciar seu processo de transformação. Para compreender a realidade, Marx e
Engels buscaram uma visão concreta daquilo que se dispõe na sociedade, trata-se
de uma concepção materialista. Assim, ao contrário de Hegel, seu antecessor nessa
linha de pensamento, Marx e Engels utilizam o “real” como base da análise
científica e não o “ideal”. Marx analisa que nós, seres humanos, somos únicos em
nossa forma de ser, visto que produzimos nossos meios de existência e,
consequentemente, construímos nossa própria vida material, mesmo que
indiretamente.
Dentro desse
contexto todo, as relações sociais são estabelecidas por meio das relações de
produção, ou seja, há ligação entre a disposição sociopolítica dos indivíduos e
a produção. Nesse sentido, a circunstâncias, as quais foram transmitidas pelo
passado, definem a história dos humanos, sendo que essa história é “escrita”,
ou melhor, conduzida por aqueles que dominam os sistemas de produção, a classe
dominante e burguesa.
Acontece
que, na Pós-modernidade, os “abismos” que separam as classes tornam-se cada vez
mais profundos. Nesse âmbito, é valido dizer que, devido à imposição global do
capitalismo, fica evidente que as transformações nas condições de produção
acabam por impactar todos os lugares. Prova disso é a generalizada precarização
do trabalho proporcionada pela disposição laboral praticada por grandes
empresas, desde a área do transporte até a área da alimentação, fazendo com que
indivíduos oprimidos se submetam a regimes extenuantes de trabalho sem que
garantias básicas e fundamentais lhes sejam garantidas. Assim, a metáfora do
abismo fica clara quando as receitas líquidas dessas grandes empresas se tornam
mais lucrativas dia após dia enquanto cada entregador ou motorista ligado ao
aplicativo da empresa aumenta sua carga de trabalho para obter o sustento e
sobreviver ao sistema que oprime. Projetos substituem os antigos empregos sem
assegurar garantias e a ideia de flexibilização só atende aos interesses das
classes dominantes. Assim caminha a sociedade em uma interpretação materialista
da realidade etérea.
LUCAS
GABRIEL DINIZ DE PAULA BARCELOS
DIREITO –
NOTURNO – TURMA XXXVIII - 1° PERÍODO
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