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segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Correntes


Caminhando mas não cantando

continuamos a seguir a mesma canção 

Somos todos iguais? Pois eu diria que não

A fome esta com meu povo que continua se matando 


Nós não temos dinheiro, não temos liberdade, não temos nada

Continuamos com esta mesma história e ainda dizem que nossa pátria é amada

Os ricos continuam a domar e comprar o mundo 

Meus irmãozinhos de rua calados, pobres, continuam mudo 


A desigualdade não é mais presente, é estilo de vida 

Espere, vida? É mais algo que se pode comprar? 

Porque sei que mais um capitalista veio avaliar 


Sua fome não vale de nada para quem governa as industrias 

Seu medo não vale de nada para quem deveria te proteger

de estilo de vida fizemos a assimetria  

Como escravos do capitalismo estamos a viver


As correntes prendem o povo e o forçam a trabalhar

Tapam suas bocas e os forçam a aceitar 

Prender suas mãos para que nada possamos fazer 

Amarram nossos pés para que não possamos viver 


Mas, quando estas correntes se soltarem 

Esta história vai mudar 

Nada que fizeram vai calar  uma alma revoltada 


Carlos Gabriel Pagliuzo. Primeiro Direito - Matutino 

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