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segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Apenas um trabalhador.

 “Sentou pra descansar como se fosse sábado 

Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe

Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago

Dançou e gargalhou como se ouvisse música

E tropeçou no céu como se fosse um bêbado

E flutuou no ar como se fosse um pássaro

E se acabou no chão feito um pacote flácido

Agonizou no meio do passeio público

Morreu na contramão, atrapalhando o tráfego”

Chico Buarque conta nessa canção, a história de mais um trabalhador brasileiro, vítima de uma sociedade capitalista, explorado e invisível para as autoridades, sem seus direitos respeitados, que trabalha muito e recebe pouco. Esse mesmo trabalhador se acidenta durante o trabalho que não tem segurança suficiente para proteger seus funcionários de possíveis acidentes, e como é exposto na música, ele agoniza no meio fio, depois, morto e ignorado (apenas mais um trabalhador, um “zé ninguém”) impede a passagem, um homem sem acesso às leis trabalhistas, sem o direito como ser humano de ser socorrido e sepultado, considerado pela sociedade apenas um obstáculo. Apenas um trabalhador atrapalhando os demais. Essa é a realidade contemporânea. 

Maíra Janis de Sousa - 1º ANO MATUTINO


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