A
questão que mais rodeia o mundo é: Como conseguir aquele carro do ano? O que eu
preciso ter para conseguir o respeito dos outros? A resposta é simples e curta,
basta ter dinheiro, ele que é o responsável por moldar como você será tratado e
quais as suas chances de sobrevivência no mundo contemporâneo.
O capitalismo nos faz acreditar que
quanto mais você trabalha, maiores são as duas chances de conseguir comprar
aquele tão sonhado carro. Entretanto, as condições são diferentes conforme o
trabalho exercido. O trabalho mais árduo é o menos valorizado, quantas vezes
você não ouviu alguém falar que se você não estudar vai acabar virando lixeiro?
Como se esse trabalho não fosse digno de ser exercido. Então, precisamos parar
para observar que os nossos ideais advêm da classe dominante, a burguesia, e
ela não representa o Estado, mas uma pequena parcela da população.
Na música “Falcão” de Djonja, fica
claro que querer não é poder, principalmente no trecho: “Waltin’ que amava
carro, morreu sem ter o seu”, dá para imaginar que Waltin é mais um da classe
trabalhadora que dá seu sangue no trabalho dia e noite para conseguir colocar
comida na mesa, e que mesmo dando duro no trabalho ele não consegue realizar o
seu sonho de consumo. É necessário compreender a realidade de cada um para
entender que, para a maioria os bens materiais não fazem parte do sonho deles,
porém um prato de comida garantido ao final do dia os deixaria felizes.
Hegel erra ao dizer que o Estado representa a
sociedade civil, pois a menor parcela da população não consegue transmitir a
realidade social, o capitalismo não quer que a maioria seja a representação do
Estado porque seria evidente o preço a se pagar por uma sociedade com liberdade
no poder de compra.
No Brasil, o índice de fome aumenta,
o preço da comida aumenta, o salário continua o mesmo e a saúde só piora, mas o
que realmente importa para as pessoas burguesas é tirar o PT do governo. Como
já dizia a música “Xibom Bombom”, “O de cima sobe e o de baixo desce”, ou seja,
as crises só favorecem os mais ricos, e a classe trabalhadora tem que lutar
duas vezes mais para conseguir sobreviver aos problemas econômicos. Qual o
preço a se pagar por um governo que se diz liberal?
Julia Piva – Direito noturno (1°
ano)
Nenhum comentário:
Postar um comentário