Marx
e Engels fazem em suas obras uma análise da história da humanidade como sendo
um constante movimento gerado pelo conflito de forças que se opões. Isso é
feito a partir da observação da própria realidade, pois há uma tentativa de
fugir dos idealismos para perceber a realidade como ela é de fato.
Utilizando-se essa metodologia é possível observar e tentar compreender a
sociedade atual e suas diversidades.
Através
do desenvolvimento tecnológico, que possibilitou o avanço nos sistemas de
produção, foi visto inicialmente como uma possibilidade de facilitar o trabalho
humano. A lógica capitalista de produção contínua visando a competição vai
contra esse pensamento inicial e faz com que os trabalhadores continuem com
elevadas cargas de trabalho, para que se possa extrair desse avanço não uma
melhora das condições humanas, mas sim uma superprodução visando o lucro. Nessa
perspectiva, pode-se compreender a rotina exacerbada do “novo capitalismo”,
onde os funcionários têm jornadas exaustivas de trabalho, que não termina no
local de trabalho propriamente, mas estende-se a seu próprio lar, onde o
indivíduo utiliza-se das tecnologias atuais como o computador para dar
continuidade as suas tarefas.
Dessa
forma é possível concluir que a metodologia marxista ainda é extremamente válida
para entender o funcionamento da sociedade. O homem é sujeitado ao conflito de
forças anterior a ele, dentro da dinâmica capitalista atual a tecnologia que
deveria facilitar a vida dos indivíduos é utilizada para extrair deles o máximo
que pode produzir. Essa condição de vida é extremamente danosa a essas pessoas,
que passam a ter rotinas voltadas totalmente ao trabalho, sem tempo para
praticar outras atividades.
Gustavo Dias Polini - Direito Noturno
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