A
sociedade grega, na antiguidade, elaborou a construção de uma
complexa expressão mitológica. Sob essa vertente cultural, foram
personificados dois princípios vitais humanos, a partir das figuras
de Eros e
Thanatos,
o Amor e a Morte – também compreendidos como Vida e Morte,
respectivamente. Freud, por sua vez, apropria-se
dessas manifestações mitólogicas para identificar propriedades da
psique humana.
Nesse
ínterim, o psicanalista desenvolve estudos acerca da natureza
conflituosa presente entre esses dois princípios, conjuntamente com
suas interações nas 3 instâncias psicológicas do indivíduo ( id;
ego; superego),
em que: o id é uma
subdivisão imbuída de carga puramente instintiva, regida pelo
prazer e pela vontade de saciação dos desejos. O superego,
situado sob princípios diamentralmente opostos do id,
é resultado do processo
agregação de normas morais e sociais. O ego,
por fim, é considerada a
instância da consciência, a síntese do sopesamento entre os
princípios das demais camadas do
psiquismo
humano.
Isto
posto, esse confronto, constante e inerente à vida individual,
assemelha-se ao fenômeno
dialético hegeliano, em virtude de sua metafísica. Eros e
Thanatos são pulsões
(vulgarmente, instintos) próprias da condição humana e, portanto,
não dependem de um fator externo que incite a manifestação de um
elemento latente no psicológico. Assim, considerando a contraposição
perpétua dessas forças, a formulação de uma síntese é
inevitável. A parte
resultante se manifesta por meio do id,
dando início a um novo conflito, agora entre as instâncias
psíquicas e, o ego,
com o encargo de remediar e
colher o produto desse evento, o traduz em ações que intervêm no
mundo material.
Caio Laprano ( Primeiro Ano - Noturno )
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