Ao longo da história sempre existiu alguém que
detivesse os meios de produção e quem não, quem mandava e quem era mandado.
Para Karl Marx, o motor da história é a luta de classes. Ao contrário da dialética
histórica, teorizada por Hegel, Marx defende que, na verdade, são as relações
de produção que fazem as ideias mudarem.
Em suas obras ele também expõe que o regime
capitalista de produção explora o operário, é uma forma de apropriação de um
trabalho não pago, e que a mais-valia é o principal mecanismo de exploração dessa classe
trabalhadora. É uma quantidade cada
vez maior de capital acumulado em mãos das classes possuidoras. Uma luta de
classes entre o proletariado e a burguesia. Com isso Marx demonstra a
necessidade da queda do capitalismo.
Atualmente
ainda vivemos em um mundo capitalista, onde as pessoas desejam uma mobilidade ascendente e onde o mercado
busca trabalhadores flexíveis, que se adaptem rápido e que corram riscos.
No livro A corrosão do caráter, de
Richard Sennett, fica explicitado como realmente é a vida dessas pessoas e os
impactos que esse capitalismo flexível traz para suas vidas pessoais. As mudanças de casa e trocas de trabalho
são frequentes, a vida emocional e o caráter são abalados e as relações
familiares colocadas em segundo plano. As pessoas perdem o controle de suas
vidas, se afogam em uma rotina de cobranças e de pressões.
É evidente que a flexibilização do capitalismo
é uma nova forma de opressão. Fica impossível buscar metas a longo prazo em uma
economia dedicada ao curto prazo, onde a sociedade preza principalmente pelo imediatismo.
Beatriz Cristina Silva Costa - Direito Noturno
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