Os filósofos alemães do século XIX Karl Marx e Friedrich Engels foram responsáveis pela elaboração de uma abordagem metodológica de estudo da sociedade que visa não somente interpretar o mundo, como, segundo eles, os demais filósofos faziam, mas também transformá-lo, que, para eles, era o papel do pesquisador social.
Nesse sentido, o filósofo alemão Friedrich Hegel parte da ideia de que somente a mente é real, tudo que é racional é real e a realidade é uma projeção da ideia no plano físico, sendo diretamente relacionada com o que lhe é historicamente anterior. A esse pensamento foi dado o nome de idealismo hegeliano. No entanto, de acordo com Engels, esse idealismo de Hegel o leva a falsas conclusões, afirmando que "a consciência da total inversão em que incorria o idealismo alemão levou necessariamente ao materialismo", onde refere-se ao materialismo dialético/histórico, concebido por ele junto a Marx.
Assim, o materialismo histórico seria a superação da filosofia tradicional, pois naquela abordagem, segundo Marx e Engels, o "real" é o alicerce da análise científica e não a "ideia". Ademais, tal método trata a história como principal fonte para encontrar as respostas dos males enfrentados em qualquer momento histórico.
Além disso, o desenvolvimento no conhecimento tem como consequência o fornecimento de dados que servem para fundamentar a análise científica, assim como ocorre nas ciências naturais e exatas. Para Engels, o socialismo surge como algo inevitável na sociedade pois é o resultado necessário da luta entre o proletariado e a burguesia, que são as duas classes criadas historicamente. Dessa forma, as ciências sociais estudam o processo que levou ao seu surgimento.
Giovanna Marques Guimarães - 1º ano - Direito (Matutino)
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