“A história da humanidade tem sido a
história da luta de classes”. Disse Marx ao analisar a conjuntura da sociedade
segundo sua metodologia do materialismo dialético. Décadas depois, a análise
conjuntural de Marx ainda permite concluir que o materialismo histórico-dialético
é a única maneira viável de compreender os fatos que cercam a sociedade
contemporânea. O neocapitalismo e o avanço recente da tecnologia, que por sua
vez, torna-se cada vez mais presente na vida social, logo as discussões acerca
dos paradigmas sociais, bem como os valores de moral e ética tangenciam as
esferas materiais para então, serem consolidadas principalmente em matéria de
Direito, ou seja, as condições materialistas ditam as leis.
Reflexo direto da primazia das questões
materialistas é a prioridade e a plena proteção dada pela Constituição e pelo
próprio direito à propriedade privada, principal fruto do capitalismo. Propriedade
esta que tem escravizado todas as formas de sociedade, de forma que a aceitação
social aborda as questões do “ter” substituindo os parâmetros anteriores do “ser”,
em que a posse é, a priori, a condição para inserção neste sistema. Desta forma,
tudo vale quando se trata de dinheiro, o trabalhador contemporâneo aceita,
muitas vezes, submeter-se ao trabalho compulsivo, acaba por descartar o tempo
de lazer, em prol das “horas extras”.
A mais-valia, conceito proposto por Karl
Marx, retrata de forma precisa o que caracteriza a agressividade do
capitalismo. O trabalhador passa a trabalhar por mais tempo, sem qualquer reajuste
salarial ou sem o reajuste adequado, o que configura o fenômeno descrito acima,
em que as formas de se conseguir uma renda extra são indiscutíveis e por vezes,
indispensáveis, sendo provável ignorar qualquer valor social.
- Jonathan Toshio Maciel da Silva - 1°ano - Direito (noturno)
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