Os homens fazem sua própria
história, mas não a fazem como querem; não a fazem sob circunstâncias de sua
escolha sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, ligadas e
transmitidas pelo passado.
MARX, Karl. O Dezoito Brumário de
Louis Bonaparte. São Paulo: Centauro, 2006.
É possível analisar a partir dessa concepção marxista o
porquê da submissão do homem, em sua ampla maioria, ao sistema capitalista.
Fato é que a história da humanidade aborda a muito tempo a ascensão das
relações comerciais e com ela a valorização da burguesia, situação essa que
popularizou o trabalho produtivo e estabeleceu o lucro como finalidade final.
Nessa situação, o Ser Humano, a mais de 500 anos, é sentenciado a um
comportamento quase alienado de que a causa maior da sua existência é o
trabalho e alimentação da máquina capitalista, tendo suas relações sociais
moldadas por essa conjuntura.
Indivíduos determinados com
atividade produtiva segundo um modo determinado entram em relações sociais e
políticas determinadas.
MARX, K.; ENGELS, F. A ideologia
alemã. Lisboa: Presença/Martins Fontes, 1974.
Caótico e doentio, o “novo capitalismo” do século XXI impõe
aos indivíduos uma rotina desumana na qual a saúde mental e as relações
afetivas são desconsideradas. Medidas nas quais visam estender o tempo de
serviço para além da jornada regular, a atual configuração de empregos que
incorporam a dinâmica de incertezas e a intensidade da pressão pela produção
acima de qualquer coisa, tornam o capitalismo moderno um modelo econômico que
não só deteriora o bem-estar mas também o minimiza ao compara-lo a seu grau de
produção.
O que eles são coincide, pois,
com sua produção, isto é, tanto com que eles produzem tanto quanto a maneira
como produzem [...]
MARX, K.; ENGELS, F. A ideologia
alemã. Lisboa: Presença/Martins Fontes, 1974.
Matheus de Vilhena Moraes - Direito ( Noturno)
Nenhum comentário:
Postar um comentário