O sistema vigente nos dias atuais
vem se desenvolvendo desde o século XV, após o declínio do sistema feudal, na
passagem da Idade Média para a Idade Moderna. No século XIX diversos filósofos desenvolveram
obras acerca da conjuntura social e econômica gerada por esse sistema,
podendo-se destacar, entre eles, Karl Marx e Friedrich Engels, que além de
analisarem o sistema, ainda forneceram, através do socialismo científico, uma
forma de solucionar os problemas sociais gerados.
As extensas obras dos dois
filósofos, sobre o capitalismo podem ser utilizadas como base para demonstrar
as mudanças desse sistema ao longo do tempo. Na obra “O Capital”, o conceito de
materialismo histórico-dialético de Marx permite o entendimento da história
através da transformação das relações de trabalho e da posse dos meios de
produção.
Na contemporaneidade, esse
sistema sofreu um grande desenvolvimento e se difundiu ainda mais na sociedade,
algo que não foi previsto por Marx, já que o filósofo esperava que houvesse uma
ruptura que partiria da revolução do proletariado.
O capitalismo está
intrinsecamente ligado com a vida dos indivíduos e com os ideais dos
trabalhadores, que não se mobilizam. Isso pode ser motivado, por exemplo, pelo
medo de perderem seus empregos, ou pelo simples fato de terem se “acomodado” a
esse sistema, que já perdura por séculos, pois como afirma Marx, em 18 brumário de Luís Bonaparte: “os homens
fazem sua própria história, mas não a fazem como querem; não a fazem sob
circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam
diretamente, legadas e transmitidas pelo passado”.
Na realidade social brasileira,
não há uma visão da totalidade, tampouco uma perspectiva de mudança, e
destarte, o individualismo se sobressai em relação ao coletivo. Isso permite
que a “dialética que nos pariu”, ou seja, a dialética do capitalismo –
superabundância x miséria – se perpetue, mesmo com as crises.
Além disso, o Direito, que
deveria servir de instrumento para mudanças sociais, está sendo utilizado para
manter a “ordem”, ou seja, impedir que ocorra uma ruptura com o sistema. Um
exemplo disso é a reforma da previdência, onde o poder das leis, que deveria
ser usado tendo em vista o bem da população, apenas favorece o problema que
deveria erradicar.
Através disso, é possível
concluir que há a necessidade de a sociedade enxergar as extremas desigualdades
como um problema de fato, tenham empatia e consciência de unidade, além de
encontrar forças que realmente a represente no âmbito político, para que desta
forma, se efetive a mudança.
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