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segunda-feira, 26 de março de 2018

O funcionalismo e os preconceitos

Quando buscamos uma reflexão sobre a origem de nossos preconceitos sociais, nos deparamos com nossos próprios conceitos entrando em choque com sociedades possuidoras de valores distintos aos nossos.
   DurKheim, em sua filosofia do Funcionalismo, diz primariamente que o indivíduo é formado por "fatos sociais", isto é, valores; normas estruturais; normas comportamentais e etc. O conjunto de "fatos sociais" formaria a "generalidade", valores que garantiriam o bom funcionamento social, a estabilidade. Claro, explicando sucintamente.
   De fato é questionável que tal filosofia indique preceitos de valores sociais para manter a ordem, pois e quando tais valores entram em choque com sociedades diferentes a nossa? Por termos nossa cultura enraizada por nossos ancestrais, subjugamos os demais, os não participantes de nossa sociedade, e de forma errônea, argumentamos defensivamente que nosso preconceito difere de valores antigos transmitidos a nós.
   Uma forma errônea, como dito, pois isso seria uma visão anacrônica. Julgando formas antiquadas de pensar que posteriormente no tempo seriam ditas como "dogmas sociais", como por exemplo, a escravidão, hoje é vista como  uma enorme infração à dignidade da pessoa humana, contudo, pendurou por 200-300 anos sem questionamentos.
   Da mesma forma, é a filosofia do Funcionalismo, pois conceitos e valores ao serem enaltecidos, formam o tal famigerado e repetitivo preconceito, exemplificado pelo nacionalismo alemão ou italiano ocorrido na década de 40 (Nazismo e Facismo).
   Contudo, como dito, para não praticarmos o anacronismo, insentaremos Durkheim de condenações, pois apesar de viver na época das revoluções industriais, como poderia ele imaginar que ao invés de vivermos em sociedades fechadas, navegariamos pelo mar globalizado, expandindo nossos conceitos a partir da comunicação mundial com diversas culturas?
   Baseando-se nisso, podemos refletir claramente que o preconceito baseia-se em valores, muitas vezes antiquados, ensinados por nossos ancestrais. E que apesar de incorretos, não devemos julgar nossos antepassados. Devemos expandir nosso pensamento e estarmos abertos a outras realidades sociais, não nos mantendo presos ao pensamento de Durkheim, pois apesar dos valores formarem os indivíduos que somos, devemos sempre estarmos abertos a novas experiências sociais afim de evitar  a sobreposição de um valor ao outro, ou seja, sermos preconceituosos.
Gabriel Nagy Nascimento - 2° direito noturno

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