Bacon enxerga a mente humana como inconfiável. Segundo o próprio, não se pode deixá-la guiar por si própria, pois essa seria uma forma de desviar a razão. Com a experiência não, essa seria a guia ideal para a razão, além de também ser a cura da mente.
Com tal ideia, Bacon encontra ídolos, tais quais vícios da mente. Ele os cita como ídolo da tribo, aquele que já é natural da mente humana, ídolo da caverna, seria aquele fincado na visão de mundo de cada ser humano, ídolo do foro, o qual se forma a partir das relações entre os homens, e por fim os ídolos do teatro, que são adquiridos a partir da crença em doutrinas filosóficas. É interessante, neste momento, fazer uma breve comparação, Rousseau contrapõe a visão baconiana em relação ao ídolo da tribo, com o seu "mito do bom selvagem" e Locke também o faz com sua "tábula rasa".
Quanto ao empirismo, Bacon ficou preso às experiências relacionadas ao mundo físico, deixando de lado a sociedade e a política, vertente seguida pelo autor do "Leviatã", Thomas Hobbes, mas se esvaindo de radicalismos como os de David Hume.
Com a experiência, mesmo que alguns tenham sido contrários a Bacon, ele foi responsável por uma mudança drástica, tanto na ciência quanto na filosofia, fugindo do mundo das ideias.
Marcelo Ferreira Rosa Filho - Direito Noturno
Marcelo Ferreira Rosa Filho - Direito Noturno
Nenhum comentário:
Postar um comentário