A atualidade da teoria de Bacon é incontestável, visto
que os alicerces que a sustentam ainda preservam seu valor. Segundo o filósofo em
sua obra “Novum Organum”, a ciência, que consiste em toda
percepção sensível de um instrumento, atua como representante do mundo. Nesse sentido, a palavra-chave de sua
doutrina é a experiência, a qual, auxiliada pela razão, leva o homem ao
conhecimento de sua realidade.
Dentro desse contexto, Bacon apresenta seu “estudo dos ídolos”.
Ídolos são falsas percepções do mundo, influenciadas, por exemplo, pelos sentidos, e que tornam a capacidade intelectual humana
vulnerável. Dessa forma, o filósofo nos leva a duvidar de nossas convicções e a
questionar as verdades que nos são impostas. É preciso conhecer os ídolos para
então eliminá-los, através da razão e da experiência- ciência.
Bacon defende uma ciência utilitarista em detrimento da
filosofia tradicional, uma vez que a primeira melhora a condição humana, além
de transformar o mundo, enquanto a segunda apenas usa o labor da mente por
labor. Hoje, sua perspectiva se realiza. Quanto maior o aperfeiçoamento da
ciência e o consequente domínio da natureza, mais esclarecida é a civilização.
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