Já em uma
primeira vista, ao ter contato com a obra Novo Organum de Francis Bacon,
ressalta, pelo menos em aspecto particular, duas grandes marcas: sua crença na
experiência, como principal instrumento a ser considerado na busca pelo
conhecimento verdadeiro, e a apresentação de suas considerações mundanas.
Quanto a primeira
marca, não arrisco arguir sobre, já que muitos outros mais felizes e bem
preparados se intentaram em tal atividade e nenhuma unanimidade foi atingida,
além de ser um caminho muito mais extenso a ser percorrido, o que não vem ao
caso.
Por
conseguinte gostaria de destacar rapidamente algumas das considerações e seus
sentidos, feitas por Bacon em sua obra, pois foram de fato muito interessantes;
quase que revolucionárias a meu ver.
De um modo
geral, digo isto porque as palavras de Bacon foram praticamente proféticas.
Bacon em vários momentos dedica-se a explicitar que uma nova ciência deveria
surgir, que a velha nao era suficiente, se algum dia foi; uma ciência que
atendesse melhor o homem e que pudesse melhorar sua condição de vida; que fosse
mais dinâmica, sem precedentes, negando qualquer finitude do conhecimento.
Junto com a
ciência, sofreu análise também o homem. Este deveria adotar uma nova postura,
menos contemplativa, e mais investigativa - empírica sim, mas não só -, uma
postura incessantemente dominativa, exploratória, inquieta e expansiva. Nessas
considerações, Bacon ainda surge com sua teoria dos ídolos. Essa diria
basicamente que existem várias barreiras, presentes em todo e qualquer homem,
que não só atrapalham a busca pelo conhecimento, mas também são oriundas de
varias e distintas maneiras, inclusive da própria natureza humana.
Essas e muitas outras considerações tornaram-se,
de modo incrível, realidade em um curto espaço de tempo. Portanto,
indubitavelmente, colhemos hoje os diversos frutos advindos de suas ideias,
além de ainda segui-las.Lucas Carboni Palhares - 1 ano direito diurno
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