Apesar dos 5 séculos que separam o filósofo inglês Francis
Bacon dos dias atuais, o pensamento proposto por esse em muito pode ser
remetido à realidade hodierna.
Em uma sociedade marcada pelo pensamento medieval
escolástico e pelo misticismo, Bacon se opunha veemente à fantasia e a qualquer
método que não estimulasse a criação de conhecimento. Considerava como
verdadeiro apenas aquilo que pudesse ser comprovado através da experimentação e
da observação, desenvolvendo assim o método empirista.
Apesar de todos os avanços tecnológicos presenciados pela
humanidade durante o século passado, como as invenções da lâmpada, do telefone;
os avanços da física; o crescimento da mídia, um movimento ideológico contrário
à racionalização proposta por Bacon se evidenciou na chegada do século XXI, o chamado
ocultismo.
Presencia-se atualmente uma contradição, tecnologia versus
misticismo. É crescente a quantidade dos que se autodenominam videntes,
adivinhos e bruxos. Culturas como a wicca (bruxaria), vampírica e satanista são
incipientes na sociedade, e sua influência é facilmente notada na cultura
popular. Autores ocultistas como Paulo Coelho entre os mais vendidos do mundo,
séries literárias sobre bruxos e vampiros como preferidas pela população e
sucessos hollywoodianos tratando de assuntos como magia e deuses entre os mais
assistidos no mundo demonstram a valorização dada a esse assunto atualmente.
Em sua época, Bacon criticava o ‘fantasioso’ e propunha um
método de aprendizado baseado naquilo que fosse comprobatoriamente verdadeiro,
com o uso da razão. A ciência e o pensamento lógico atingiram seu ápice nos
dias atuais, e mesmo assim, a sociedade continua reverenciando o oculto, como
se não houvesse evoluído da época medieval, idolatrando os temidos Ídolos
Baconianos.
FERNANDA DOS SANTOS NOGUEIRA - 1º ANO NOTURNO
Nenhum comentário:
Postar um comentário