Em um mundo repleto
de crenças baseadas em
aspectos duvidosos e até mesmo místicos, Francis Bacon torna-se importante
personagem no processo de ruptura com os métodos antigos ao sugerir uma nova
maneira de pensar que aprimoraria o conhecimento científico e significaria a
cura da mente.
Considerando
a experiência como a base para formulação de teorias realmente válidas, o filósofo
defendia também a ideia de que a ciência deveria ser algo útil para a
sociedade, principalmente no que diz respeito à exploração e dominação da
natureza. Percebemos que esse tipo de pensamento ainda existe na atualidade, em
que inúmeras descobertas científicas possibilitaram que o progresso chegasse a
um ponto até mesmo perigoso. Apesar disso, devemos tem em mente que algo
considerado inutilizável em determinada época pode tornar-se uma grande
inovação no futuro.
Bacon
também destaca como a mente humana é facilmente iludida, denominando as barreiras
ao saber como “ídolos” (da tribo, da caverna, do foro e do teatro). Estes
englobam tanto aspectos próprios da natureza humana, como seus sentidos e
emoções, quanto os ligados às relações sociais e à influência que recebemos das
pessoas, da educação e de crenças em geral. Tais ídolos são tão interligados à
existência humana que ainda hoje não conseguimos abandoná-los, o que pode ser
exemplificado pelo fascínio que explicações místicas exercem em grande parte
das pessoas e pelas evidências de como certas relações podem mudar uma pessoa
por completo.
Por mais
que o método proposto por Francis Bacon seja de certa forma mais trabalhoso do
que o da simples antecipação, as experiências evitam, em muitos casos,
conclusões tolas e precipitadas, dignas apenas do senso comum, não do saber
científico, as quais seriam falhas para o aumento do poder sobre natureza,
portanto inúteis no processo de constante inovação exigido pelo aperfeiçoamento
do saber e da própria sociedade.
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