A passagem da Idade Média para a
Idade Moderna ficou marcada pela ascensão de um pensamento mais crítico e questionador
em relação à filosofia e ao conhecimento tradicionais. É nesse contexto, no
início da Modernidade, que Francis Bacon redige sua obra “Novum Organum”.
Partindo da idéia de que a ciência
produzida até então seria restrita, ou seja, mantida dentro de certos limites,
Bacon acreditava que esta buscava apenas compreender o mundo, sem uma
finalidade prática. Assim, apresenta a uma sociedade ainda sob forte influência
do pensamento religioso o seu novo método, que, baseado na experimentação
científica, seria um meio para que fosse agregada maior credibilidade à ciência
e à razão.
O novo método seria uma busca pelo
conhecimento através da exploração, gerando, assim, uma interpretação das
coisas já existentes, de forma oposta ao método adotado pela ciência tradicional,
baseada em conceitos antecipados. Passados tantos séculos é possível afirmar
que a capacidade analítica e interpretativa do homem ganhou cada vez maior
destaque, notoriamente no século XXI, marcado pela tecnologia de ponta e pela
facilidade no armazenamento das informações. Tal fato é observado de maneira
simples no vestibular, porta de entrada para a vida acadêmica, que caminha no
sentido de selecionar indivíduos pensantes, que vão além do “decoreba” ensinado
nas escolas.
O empirismo moderno proposto por
Bacon pode ser resumido de forma sucinta como uma interpretação dos fatos
coletados através da experimentação e tal proposta é vigente ainda hoje. Uma
vez prontificada a maneira com que os dados são armazenados o homem se tornou a
principal ferramenta na produção do conhecimento e é nesse sentido que mostramos
nossa modernidade diante dos antigos.
Gabriela de Aguiar Watanabe - 1o. ano Direito noturno
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