Francis Bacon, em sua obra “Novum Organum”, considera fundamental a
interpretação do mundo por meio da experiência, rejeitando a fantasia em nome
da clareza científica. Outro ponto importante em sua obra é a crítica ao uso da
mente sem que haja a construção de um conhecimento praticável.
O autor afirma que ciência não é
sinônimo de inovação, pois as ciências seriam combinações de descobertas
anteriores. Propõe dois métodos para o estudo das ciências, sendo um destinado
ao cultivo das ciências (conhecimento contemplativo) e o outro à descoberta
científica (busca de novos conhecimentos por meio da experimentação).
Francis Bacon, define a existência de
ídolos no intelecto humano, impedindo o acesso à verdade. Há quatro tipos de
ídolos que bloqueiam a mente humana: os ídolos da tribo, da caverna, do foro e
do teatro. Os ídolos da tribo referem-se às distorções provocadas pela mente
humana, os da caverna fazem alusão à alegoria da caverna de Platão e referem-se
ao modo como cada indivíduo interpreta a natureza ou seja, por ângulos
diferentes, os do foro que se referem às relações interpessoais e, por fim, os
do teatro que se referem a teorias desarmônicas com a natureza e filosofias que
figuram mundos fictícios.
O “Novum Organum” se afasta tanto do racionalismo exagerado quanto do
empirismo radical. Francis Bacon foi o primeiro a elaborar um esboço racional
de uma metodologia científica e por meio da teoria dos ídolos, antecipa a
moderna sociologia do conhecimento.
Virginia B. M. de Carvalho- 1° ano direito noturno
Virginia B. M. de Carvalho- 1° ano direito noturno
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