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domingo, 17 de março de 2013

Metodologia Científica


            Francis Bacon, em sua obra “Novum Organum”, considera fundamental a interpretação do mundo por meio da experiência, rejeitando a fantasia em nome da clareza científica. Outro ponto importante em sua obra é a crítica ao uso da mente sem que haja a construção de um conhecimento praticável.
         O autor afirma que ciência não é sinônimo de inovação, pois as ciências seriam combinações de descobertas anteriores. Propõe dois métodos para o estudo das ciências, sendo um destinado ao cultivo das ciências (conhecimento contemplativo) e o outro à descoberta científica (busca de novos conhecimentos por meio da experimentação).
            Francis Bacon, define a existência de ídolos no intelecto humano, impedindo o acesso à verdade. Há quatro tipos de ídolos que bloqueiam a mente humana: os ídolos da tribo, da caverna, do foro e do teatro. Os ídolos da tribo referem-se às distorções provocadas pela mente humana, os da caverna fazem alusão à alegoria da caverna de Platão e referem-se ao modo como cada indivíduo interpreta a natureza ou seja, por ângulos diferentes, os do foro que se referem às relações interpessoais e, por fim, os do teatro que se referem a teorias desarmônicas com a natureza e filosofias que figuram mundos fictícios.
        O “Novum Organum” se afasta tanto do racionalismo exagerado quanto do empirismo radical. Francis Bacon foi o primeiro a elaborar um esboço racional de uma metodologia científica e por meio da teoria dos ídolos, antecipa a moderna sociologia do conhecimento.



              Virginia B. M. de Carvalho- 1° ano direito noturno

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