Bacon, filósofo e político inglês do século XVII, é
considerado o precursor do método científico moderno.
A mente humana, de acordo com Bacon, está impregnada de
falsas crenças que contaminam a correta percepção do mundo, tornando-a uma mera
projeção do que acredita ser o mundo, e não do que ele realmente é, daí sua
oposição entre clareza científica e fantasia. Essa argumentação continua
pertinente hoje, mesmo vivendo em um mundo onde a razão e a ciência sejam
elementos centrais.
Bacon diz que a mente sozinha não tem a capacidade de chegar
à verdade dos fatos, adquirindo-a somente combinada com a razão, observação e
experiência, dessa forma o método de investigação científica seria a fonte do
conhecimento.
Segundo Bacon existem dois métodos para a investigação da
realidade, um destinado ao cultivo das ciências, e o outro destinado à
descoberta científica. O primeiro, criticado
por ele, próprio da filosofia tradicional, seria o uso presente das descobertas
já feitas, um conhecimento contemplativo.Já o segundo, seria a busca do
conhecimento por meio da exploração e interpretação, cabe à experiência a
confirmação da verdade.
Bacon elaborou uma lista de barreiras psicológicas à busca
do conhecimento científico, que “turvam” a percepção e compreenção, em termos
que chamou coletivamente de “ídolos da mente”: “ídolos da tribo” as distorções provocadas pela mente humana, “ídolos
da caverna” a inclinação humana para impor pré-concepções sobre a natureza, “ídolos
do foro” a influência das relações pessoais e sociais sobre o indivíduo, “ídolos
do teatro” a influência deformadora dos dogmas filosóficos e científicos
predominantes. Segundo ele, é necessário lutar contra todos eles para adquirir
conhecimento sobre o mundo.
A influência de Bacon pôs em primeiro plano a experiência
prática na ciência, foi ele quem primeiro esboçou uma metodologia racional para
a atividade científica, deixando assim um importante legado.
Leonor Pereira Rabelo 1º ano direito noturno
Nenhum comentário:
Postar um comentário