Por muito tempo, a interpretação do mundo vinculava-se ao
mero exercício do pensar, com forte influência da fantasia e do místico. Com o
advento de métodos empíricos e científicos, sobretudo no decorrer do século
XVII, o homem foi capaz de compreender o universo a sua volta por meio de
outros mecanismos, como a razão, a dúvida e a experiência.
Todos esses aspectos refletiram na formação de uma nova
ciência, pautada na racionalidade e que tinha por objetivo não apenas
contemplar a natureza, mas interpretá-la. Um grande defensor desses ideais foi
o filósofo inglês Francis Bacon, que buscava a ciência clara, com base na
experiência e capaz de ser útil ao mundo sensível.
O pensamento de Bacon pode ser notado no embate existente
entre a teoria evolucionista e a teoria criacionista. Ambas as teorias buscam
explicar a origem da vida e o surgimento do homem, todavia, cada uma utiliza-se
de diferentes métodos para consolidar suas respectivas teses.
A teoria criacionista, embasada no conhecimento
místico-religioso, defende que o surgimento da vida está relacionado aos
desígnios divinos. Assim, cada religião elabora sua própria explicação de acordo
com suas crenças e costumes. De uma maneira bem diferente, Charles Darwin, em
sua teoria evolucionista, observou, por meio de pesquisas e experiências com
distintas espécies, que os seres vivos melhores adaptados a um determinado
ambiente, possuem maior probabilidade de sobreviver, ou seja, são selecionados
pelo meio ambiente. Além disso, Darwin também sugeriu que indivíduos com
características biológicas semelhantes, deveriam possuir um ascendente comum.
Assim, enquanto a teoria criacionista ilustra o pensamento
tradicional, com base na misticidade e em preceitos religiosos, a teoria
evolucionista exemplifica a noção de ciência por Francis Bacon: clara,
sustentada pela experiência e que possui notória utilidade para a vida humana.
Juliana Galina - Direito Diurno.
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